Durão Barroso ajuda Liceu Camões e associação Cais
Presidente da Comissão Europeia doa 45 mil euros, que recebeu no âmbito do Prémio Carlos V.
O valor total do prémio é de 90 mil euros, mas, deste montante, os galardoados destinam metade a bolsas de estudo promovidas pela Academia Europeia de Yuste, podendo escolher as áreas: Durão Barroso decidiu contemplar trabalhos no domínio das relações entre a Europa e a América do Norte e a América Latina, disse à Lusa fonte do gabinete de Durão Barroso.
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O valor total do prémio é de 90 mil euros, mas, deste montante, os galardoados destinam metade a bolsas de estudo promovidas pela Academia Europeia de Yuste, podendo escolher as áreas: Durão Barroso decidiu contemplar trabalhos no domínio das relações entre a Europa e a América do Norte e a América Latina, disse à Lusa fonte do gabinete de Durão Barroso.
Por sua vez, os restantes 45 mil euros vão para as áreas da educação e do apoio social, visando, com os donativos, apoiar as obras de requalificação do Liceu Camões, em Lisboa, e o trabalho da Cais, no auxílio dos mais carenciados.
João Jaime Aires, professor do Liceu Camões, diz que ainda não tinha conhecimento desta notícia. “Qualquer ajuda é bem-vinda. O Liceu foi ‘abandonado’ há muito tempo, por isso é óptimo que Durão Barroso se tenha lembrado de nós”. O professor afirmou também que o Liceu está em obras há uma década, mas ainda muito falta fazer. “O dinheiro que vier já ajudará a repor alguns tijolos, substituir janelas e começar a recuperar o campo de jogos, inutilizado há anos”, concluiu.
Fundado em 1902, o Liceu Camões é uma das prestigiadas escolas secundárias de Lisboa e do país, estando classificado desde 2012 como monumento de interesse público, mas encontra-se num avançado estado de degradação, necessitando de obras de restauro.
Por sua vez, A Cais, fundada em 1994, é uma associação de solidariedade social sem fins lucrativos e tem como missão contribuir para a melhoria global das condições de vida de pessoas sem casa/lar, social e economicamente vulneráveis, em situação de privação, exclusão e risco.
Henrique Pinto, presidente executivo da Associação Cais, mostrou-se lisonjeado com a “boa notícia que recebeu esta manhã pela voz de Durão Barroso”. Com o valor que será doado, não tem ainda nenhum projecto concreto, mas pretende colaborar com o presidente da Comissão Europeia para criar algo novo. “Temos vários projectos diferentes porque tentamos dar um fim próprio a cada doação que recebemos. Agora estamos a apostar na criação de postos de trabalho, que é uma das bases que permite às pessoas recomeçarem a reconstruir a sua vida.”
Durão Barroso vai receber o Prémio Carlos V na quinta-feira, numa cerimónia em Cuacos de Yuste, Espanha, na qual participarão o príncipe das Astúrias, os chefes do Governo de Portugal e Espanha e o chefe do Governo da Estremadura espanhola.
Criado na cidade espanhola de Mérida, o prémio, atribuído anteriormente a individualidades como Mikhail Gorbachov, Jacques Delors, Felipe González e Javier Solana, sublinha o papel de Durão Barroso durante a crise financeira europeia, por "apostar sempre na UE para enfrentar os desafios" da actualidade.