EUA e Reino Unido ameaçam tirar apoio à oposição síria se não for à conferência de paz

Reunião está marcada para 20 de Janeiro e ainda não é certo quem vai participar.

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Ahmad al-Jarba, líder da coligação da oposição síria, com John Kerry Pablo Martinez Monsivais/REUTERS

“Os Estados Unidos e o Reino Unido estão a dizer-nos: têm de ir a Genebra II”, disse um dirigente da coligação que congrega as forças da oposição, citado pela BBC. “Dizem claramente que que não continuarão a apoiar-nos como até agora e que perderemos toda a credibilidade na comunidade internacional se não formos”, continuou.

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“Os Estados Unidos e o Reino Unido estão a dizer-nos: têm de ir a Genebra II”, disse um dirigente da coligação que congrega as forças da oposição, citado pela BBC. “Dizem claramente que que não continuarão a apoiar-nos como até agora e que perderemos toda a credibilidade na comunidade internacional se não formos”, continuou.

O New York Times, por seu turno, noticia que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, transmitiu uma mensagem do mesmo calibre a Ahmad Assi al-Jarba, presidente da coligação síria da oposição, quando se encontrou com ele na segunda-feira. França, diz Jarba, citado pela BBC, não está a exercer uma pressão equivalente: “Pede-nos para ir, mas diz-nos: ‘Estamos convosco, seja qual for a vossa decisão'. É a mesma posição da Arábia Saudita e da Turquia”, outros países que fazem parte do grupo de 11 Amigos da Síria.

Jarba hesita em ir à conferência - que se chama Genebra II mas se realizará noutras cidade suíça, Montreaux - porque teme que a influência da coligação na Síria, que é já limitada, se torne ainda mais reduzida se participar nestas conversações de paz, que têm poucas probabilidades de sucesso. A coligação da oposição deverá anunciar a sua decisão final na sexta-feira.

A diplomacia ocidental tem tentado criar condições no terreno que estimulem a confiança entre as partes, como decretar cessar-fogos locais ou criar corredores humanitários para aliviar a cidade de Alepo, que tem estado sob intenso bombardeamento governamental. Mas estas iniciativas não têm tido sucesso.