Espírito Santo Saúde quer dispersar em bolsa até 49% do capital
Maior accionista continuará a ser a Rioforte, a holding do grupo Grupo Espírito Santo para os activos não-financeiros.
Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Isabel Vaz diz que, depois da concretização da operação, a Rioforte (a holding do Grupo Espírito Santo para os activos não-financeiros) manterá o controlo do grupo através da Espírito Santo Healthcare Investments. O objectivo é que a holding fique, no mínimo, com 51% do capital.
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Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por Isabel Vaz diz que, depois da concretização da operação, a Rioforte (a holding do Grupo Espírito Santo para os activos não-financeiros) manterá o controlo do grupo através da Espírito Santo Healthcare Investments. O objectivo é que a holding fique, no mínimo, com 51% do capital.
O lançamento da oferta vai ser acompanhado por uma emissão de novas acções por parte da ESS, num aumento de capital próximo de 25 milhões de euros que, escreve a empresa, tem “como principal objectivo o reforço da sua estrutura financeira” de forma a aumentar a flexibilidade em futuros investimentos.
A operação deverá, ao mesmo tempo, incluir uma “venda parcial de acções” por parte de alguns dos actuais accionistas – para além da Rioforte, a Espírito Santo Financial Group, e a Companhia de Seguros Tranquilidade.
A empresa diz, em comunicado, ser “expectável” que o processo de entrada em bolsa consista numa oferta pública de acções dirigida a investidores em Portugal, “que incluirá uma tranche para colaboradores” da ESS, e numa oferta institucional também noutros países.
Depois de um jejum de cinco anos, a Bolsa de Lisboa teve em Dezembro, com os CTT, a primeira oferta pública inicial desde a operação de dispersão de capital da EDP Renováveis, conhecendo agora num curto espaço de tempo uma nova intenção de dispersão de acções por parte de uma empresa.
A Espírito Santo Saúde, a operar desde 2000, tem uma rede de 18 unidades. Para além do hospital da Luz e do de Loures, tem sete hospitais privados, sete clínicas a operar em regime de ambulatório e duas “residências sénior”.
Nos nove primeiros meses de 2013, a empresa apurou um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 43,1 milhões de euros, mais 78% do que no mesmo período do ano anterior, enquanto os rendimentos operacionais ascenderam a 279,5 milhões de euros, um crescimento homólogo de 12%.