Visitas ao Museu de Ílhavo dispararam com o novo aquário de bacalhaus
Aquário foi inaugurado a 11 de Janeiro de 2013.
"O número de visitantes do Museu em 2013 foi 77.111, o que representa um aumento de cerca de 25 mil visitantes, em relação aos dois últimos anos, e um crescimento em relação à média dos últimos dez anos na ordem dos 60%, o que é muito significativo", disse à Lusa.
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"O número de visitantes do Museu em 2013 foi 77.111, o que representa um aumento de cerca de 25 mil visitantes, em relação aos dois últimos anos, e um crescimento em relação à média dos últimos dez anos na ordem dos 60%, o que é muito significativo", disse à Lusa.
O Aquário, de acordo com Álvaro Garrido, tem sido dinamizado no âmbito do próprio museu e com algumas actividades de serviço educativo, uma das quais com alguma "espectacularidade" e que, conforme explica, "tem sempre uma enorme adesão dos visitantes". Trata-se da acção educativa "mergulhador por um dia", que se realiza uma vez por mês, que consiste na partilha com o público, do trabalho do mergulhador tratador.
"Os visitantes inteiram-se sobre o funcionamento do equipamento de mergulho, assistem ao mergulho em si, ouvem uma explicação técnica básica e depois presenciam a alimentação dos bacalhaus, num cenário envolvente que lhe permite conhecer, participar e fazer perguntas", descreve.
A alimentação dos peixes é feita pela equipa técnica do aquário, em cooperação com a Associação de Pesca Artesanal de Aveiro, Apara, que fornece o alimento natural que é usado na alimentação dos bacalhaus, embora utilize também, de forma intercalar, ração adequada.
O aquário foi inaugurado a 11 de Janeiro de 2013 depois de várias peripécias. A primeira, no início de Dezembro de 2012, foi trágica: os 30 bacalhaus vindos da Noruega de avião chegaram a Ílhavo mortos, congelados, alegadamente devido a negligência no transporte. Uma semana depois, a nova remessa de 20 exemplares chegou sã e salva ao museu. A inauguração do aquário estava marcada para 16 de Dezembro mas o mau tempo que se fez sentir na semana anterior, danificando o novo edifício e impedindo alguns acabamentos, obrigou a Câmara de Ílhavo a adiar a abertura. Quase um mês depois, o espaço abriu ao público, com uma enchente logo no primeiro dia.
Cooperação com o Oceanário
Durante o primeiro ano de funcionamento, o Aquário dos Bacalhaus tem recebido regularmente algumas visitas especiais e mais restritas aos tanques de quarentena e à zona das máquinas do aquário. Em preparação está um protocolo tripartido com o Oceanário de Lisboa e com a Universidade de Aveiro, com quem já tem cooperação através do Departamento de Biologia, que deverá cobrir domínios técnicos de apoio à gestão do aquário e aspectos ligados à formação.
"Este reforço de cooperação com o Oceanário é muito importante porque se trata de uma grande instituição com know-how que é conhecido nesta área e com uma dimensão apreciável à escala internacional, que será muito importante para a consolidação do Aquário dos bacalhaus do Museu", adianta o responsável.
A manutenção da temperatura da água, a salinidade e outros parâmetros são essenciais ao aquário, cujas condições técnicas se revestem de alguma complexidade e exigência e as parcerias previstas visam também a sua consolidação.
"A cooperação no domínio biológico tem sido assegurada pelo Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro e agora vamos complementar essa parceria com um protocolo a três, que vai prever iniciativas de cooperação nos diversos domínios, beneficiando as três instituições, por nossa iniciativa", explicou Álvaro Garrido.