Vendas da Jerónimo Martins crescem 11% em “ano de desafios”
Grupo português ocupa 67ª posição no ranking das maiores retalhistas mundiais elaborado pela Deloitte
Num ano “pleno de desafios”, tanto em Portugal, como na Polónia, o crescimento de vendas face a 2012 atingiu-se através da expansão do negócio e do “sólido aumento” de 3,5% das vendas comparáveis, explicou a Jerónimo Martins (JM), num comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A evolução das vendas comparáveis (referentes às lojas que operam sob as mesmas condições nos dois períodos em análise) resultou essencialmente do “forte crescimento de volumes”, pois “a inflação registada no cabaz esteve substancialmente abaixo dos níveis registados em anos anteriores”, sublinhou o grupo.
Na Polónia, onde a empresa abriu 280 novas lojas Biedronka, as vendas subiram 15%, para 7703 milhões de euros, com um aumento de 4,2% das vendas comparáveis, apesar de “um contexto económico mais fraco, com menor taxa de crescimento do consumo privado”. Este desempenho levou a um “forte aumento da quota” do grupo num mercado onde está desde 1995 e representa cerca de dois terços das vendas totais.
No final do ano passado, a JM revelou que pretende investir 2,2 mil milhões de euros nos próximos três anos, sendo que 60 a 70% deste montante será canalizado para a Biedronka. A meta para o mercado polaco passa por atingir três mil lojas Biedronka até 2015 e por abrir pelo menos 200 novas lojas Hebe, vocacionadas para a venda de produtos cosméticos e de saúde. Cerca de metade das aberturas da Biedronka deverão acontecer nas grandes cidades, mas o grupo, que aposta numa estratégia de proximidade, anunciou ainda a segmentação dos produtos entre áreas urbanas e rurais, que incluem a criação de unidades “franchisadas” nas áreas menos populosas.
Em Portugal, o Pingo Doce “continuou a reforçar o seu posicionamento de preço” e a apostar nas promoções, que permitiram que a quota de mercado crescesse “fortemente no ano”. O Pingo Doce, que tem um peso de cerca de 27% no negócio da JM, facturou 3181 milhões de euros, mais 3,9% face a 2012 (um aumento de 3,6% nas vendas comparáveis, sem combustível). O grupo liderado por Pedro Soares dos Santos sublinhou que a economia portuguesa “revelou sinais de estabilização ao longo do ano” e as vendas de retalho alimentar aumentaram 1,3% até Novembro. Ainda assim, “os consumidores mantiveram-se sensíveis ao factor preço e o mercado de retalho alimentar manteve-se caracterizado por elevados níveis de actividade promocional", refere a empresa.
Na área do comércio grossista, a JM revelou que as vendas do Recheio cresceram 1,7% (para 805 milhões de euros), apesar de tanto o canal HoReCa como o canal de retalho tradicional terem registado uma contracção do consumo. Este desempenho foi compensado pelo Recheio através do aumento da base de clientes. Segundo a informação avançada em Novembro do ano passado, os planos da JM para esta área de negócio passam por aumentar as vendas para o estrangeiro e entrar em novos mercados.
Dona do Pingo Doce entre as 100 maiores retalhistas
A JM subiu 9 lugares no ranking elaborado pela Deloitte, em parceria com a Stores Media, das maiores retalhistas mundiais. A dona do Pingo Doce ocupa neste momento a 67ª posição, cabendo à outra empresa portuguesa da lista, a Sonae SGPS, o 165º lugar (depois de ter perdido 17 posições face à análise anterior). A norte-americana Wal-Mart mantém a primeira posição no ranking, seguida pela Tesco e pela Costco.
O estudo, divulgado nesta segunda-feira refere que, “apesar do difícil clima económico", as receitas dos 250 maiores retalhistas mundiais atingiram 4,3 biliões de dólares no último ano fiscal (entre Junho de 2012 e Junho de 2013). Segundo a análise, intitulada Global Powers of Retailing, a receita média gerada por cada uma destas empresas excedeu os 17 mil milhões de dólares (mais de 12 mil milhões de euros).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Num ano “pleno de desafios”, tanto em Portugal, como na Polónia, o crescimento de vendas face a 2012 atingiu-se através da expansão do negócio e do “sólido aumento” de 3,5% das vendas comparáveis, explicou a Jerónimo Martins (JM), num comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A evolução das vendas comparáveis (referentes às lojas que operam sob as mesmas condições nos dois períodos em análise) resultou essencialmente do “forte crescimento de volumes”, pois “a inflação registada no cabaz esteve substancialmente abaixo dos níveis registados em anos anteriores”, sublinhou o grupo.
Na Polónia, onde a empresa abriu 280 novas lojas Biedronka, as vendas subiram 15%, para 7703 milhões de euros, com um aumento de 4,2% das vendas comparáveis, apesar de “um contexto económico mais fraco, com menor taxa de crescimento do consumo privado”. Este desempenho levou a um “forte aumento da quota” do grupo num mercado onde está desde 1995 e representa cerca de dois terços das vendas totais.
No final do ano passado, a JM revelou que pretende investir 2,2 mil milhões de euros nos próximos três anos, sendo que 60 a 70% deste montante será canalizado para a Biedronka. A meta para o mercado polaco passa por atingir três mil lojas Biedronka até 2015 e por abrir pelo menos 200 novas lojas Hebe, vocacionadas para a venda de produtos cosméticos e de saúde. Cerca de metade das aberturas da Biedronka deverão acontecer nas grandes cidades, mas o grupo, que aposta numa estratégia de proximidade, anunciou ainda a segmentação dos produtos entre áreas urbanas e rurais, que incluem a criação de unidades “franchisadas” nas áreas menos populosas.
Em Portugal, o Pingo Doce “continuou a reforçar o seu posicionamento de preço” e a apostar nas promoções, que permitiram que a quota de mercado crescesse “fortemente no ano”. O Pingo Doce, que tem um peso de cerca de 27% no negócio da JM, facturou 3181 milhões de euros, mais 3,9% face a 2012 (um aumento de 3,6% nas vendas comparáveis, sem combustível). O grupo liderado por Pedro Soares dos Santos sublinhou que a economia portuguesa “revelou sinais de estabilização ao longo do ano” e as vendas de retalho alimentar aumentaram 1,3% até Novembro. Ainda assim, “os consumidores mantiveram-se sensíveis ao factor preço e o mercado de retalho alimentar manteve-se caracterizado por elevados níveis de actividade promocional", refere a empresa.
Na área do comércio grossista, a JM revelou que as vendas do Recheio cresceram 1,7% (para 805 milhões de euros), apesar de tanto o canal HoReCa como o canal de retalho tradicional terem registado uma contracção do consumo. Este desempenho foi compensado pelo Recheio através do aumento da base de clientes. Segundo a informação avançada em Novembro do ano passado, os planos da JM para esta área de negócio passam por aumentar as vendas para o estrangeiro e entrar em novos mercados.
Dona do Pingo Doce entre as 100 maiores retalhistas
A JM subiu 9 lugares no ranking elaborado pela Deloitte, em parceria com a Stores Media, das maiores retalhistas mundiais. A dona do Pingo Doce ocupa neste momento a 67ª posição, cabendo à outra empresa portuguesa da lista, a Sonae SGPS, o 165º lugar (depois de ter perdido 17 posições face à análise anterior). A norte-americana Wal-Mart mantém a primeira posição no ranking, seguida pela Tesco e pela Costco.
O estudo, divulgado nesta segunda-feira refere que, “apesar do difícil clima económico", as receitas dos 250 maiores retalhistas mundiais atingiram 4,3 biliões de dólares no último ano fiscal (entre Junho de 2012 e Junho de 2013). Segundo a análise, intitulada Global Powers of Retailing, a receita média gerada por cada uma destas empresas excedeu os 17 mil milhões de dólares (mais de 12 mil milhões de euros).