PS Lisboa Oriental propôe inclusão do Cinema Londres no Orçamento Participativo
Socialistas defendem que o antigo cinema seja adquirido pela Câmara de Lisboa.
De acordo com um comunicado publicado neste sábado na página de Facebook da secção socialista, o PS Lisboa Oriental "propõe a todos os cidadãos verdadeiramente interessados na defesa do património cultural da Freguesia e da cidade, incluindo a adormecida Junta de Freguesia do Areeiro, que defendam a inclusão do Cinema Londres no Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Lisboa".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
De acordo com um comunicado publicado neste sábado na página de Facebook da secção socialista, o PS Lisboa Oriental "propõe a todos os cidadãos verdadeiramente interessados na defesa do património cultural da Freguesia e da cidade, incluindo a adormecida Junta de Freguesia do Areeiro, que defendam a inclusão do Cinema Londres no Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Lisboa".
O objectivo é o de que, "à semelhança do que sucedeu com o Cinema Europa, em Campo de Ourique, este possa vir a ser adquirido pelo município", refere o comunicado, assinado pelo coordenador Manuel Portugal Lage. O PS Lisboa Oriental esclarece, no entanto, que "não está em causa o tipo de loja, mas antes o facto de se perder mais um espaço cultural que tanta falta faz à população da Freguesia e da cidade".
Tal como o PÚBLICO avançou, o cinema Londres fechou as portas em Fevereiro de 2013, depois de a Socorama, que era à data o segundo maior exibidor de cinema em Portugal, ter entrado em processo de insolvência. Na altura a empresa chegou a dizer que o encerramento não era definitivo mas, cerca de um ano depois, os proprietários do espaço confirmaram que já foi celebrado “um contrato de arrendamento comercial com uma Sociedade de Direito Português, mas com sócios de origem chinesa”.
A secção socialista vem associar-se à posição já assumida pelo Movimento de Comerciantes da Avenida Guerra Junqueiro, Praça de Londres e Avenida de Roma. Os comerciantes do bairro lisboeta onde funcionou o cinema Londres entregam na segunda-feira, na Assembleia Municipal, a petição pública que apela à existência de um polo cultural, disseram à Lusa os autores da iniciativa.
O Movimento de Comerciantes da Avenida Guerra Junqueiro, Praça de Londres e Avenida de Roma reuniu até sexta-feira mais de 300 assinaturas de uma petição que defende uma solução que "torne possível a manutenção de um polo cultural" no lugar onde antes funcionou um cinema.
A petição, que será também entregue em reunião pública de câmara, foi criada numa tentativa de travar a transformação do cinema Londres numa loja chinesa de retalho. Também o MaisLisboa, o núcleo lisboeta da associação cívica Mais Democracia, lançou, mas na Internet, um abaixo-assinado intitulado “Não queremos uma Loja dos 300 no Cinema Londres”.
O documento conta já com mais de 2.600 assinaturas contra a abertura da loja e propondo a criação de um modelo cooperativo para gerir o espaço.
Considerado uma das últimas salas em Lisboa a existir fora de centros comerciais, o cinema Londres foi inaugurado a 30 de Janeiro de 1972, com o filme "Morrer de amar", de André Cayatte. Com mais de mil metros quadrados de área, o espaço do Londres chegou a ter uma sala de "bowling" e uma discoteca.