Frente Atlântica exige ao Governo investimento de 300 milhões no porto de Leixões

Guilherme Pinto, Rui Moreira e Eduardo Vítor Rodrigues criticam projecto da Trafaria e defendem que Leixões necessita de desenvolver o cais de contentores.

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Guilherme Pinto é um dos três autarcas que formaram a Frente Atlântica Paulo Ricca/Arquivo

O presidente da Câmara de Matosinhos, o independente Guilherme Pinto, sublinhou, à margem de uma visita de trabalho da Frente Atlântica à Administração dos Portos do Douro e Leixões, que o investimento em causa é necessário para que o porto se “adapte à economia do futuro”.

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O presidente da Câmara de Matosinhos, o independente Guilherme Pinto, sublinhou, à margem de uma visita de trabalho da Frente Atlântica à Administração dos Portos do Douro e Leixões, que o investimento em causa é necessário para que o porto se “adapte à economia do futuro”.

A Frente Atlântica reclama que “Leixões – um dos 125 portos do mundo e o 25.º porto da Europa - seja uma prioridade nos investimentos nacionais”. “Viemos aqui defender a economia da região”, disse o autarca de Matosinhos, concelho onde se situa o porto, criticando o projecto de criação de um terminal de contentores na Trafaria, na margem sul do Tejo, que o Governo abraçou e entretanto suspendeu. “Marcámos esta visita quando ainda se falava de outros investimentos. O investimento na Trafaria é completamente desnecessário. Não passa pela cabeça de ninguém colocar um terminal de contentores na margem sul de um rio, para depois voltar a enviar esses contentores para a margem norte. Teríamos que construir uma nova travessia sobre o Tejo a seguir”, apontou, sugerindo que a Trafaria tornaria indispensável a chamada "terceira travessia".

Guilherme Pinto lembrou que “o porto de Leixões tem necessidade de desenvolver o novo cais de contentores”, o que “implica um investimento financeiro muito avultado, mas muito decisivo para a região". "Estamos a falar de cerca de 300 milhões de euros. É um investimento que não pode deixar de ser feito, se quisermos que a Leixões venham aportar navios de maior calado e que o porto possa continuar a ver crescer o número de contentores que por aqui passam”, acrescentou.

O autarca insistiu que o porto de Leixões “é o mais importante do país”, atendendo ao aumento das exportações que vem registando. “Boa parte da carga que passa por este porto é essencial à economia do país. Leixões pode contar com as cidades do Porto, Matosinhos e Gaia para defender com toda a força a necessidade de investimentos”, disse o autarca ladeado pelos autarcas do Porto e Gaia, o independente Rui Moreira e o socialista Eduardo Vítor Rodrigues. Os três visitaram depois as obras de construção do terminal de cruzeiros e da plataforma logística.