Plataforma de cientistas votou a favor de impugnação do concurso Investigador FCT

Impugnação colectiva avançará se Fundação para a Ciência e a Tecnologia não anular concurso.

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A política científica irá ser discutida em reunião nacional Laura Haanpaa (arquivo)

“A impugnação [colectiva] foi votada positivamente para avançar”, disse ao PÚBLICO Vera Assis Fernandes, uma das integrantes da comissão da plataforma. Segundo a investigadora, que trabalha na Alemanha, no plenário que se realizou nesta terça-feira, na Faculdade de Ciências Socias e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, estiveram cerca de 90 investigadores: “77% das pessoas votaram a favor.”

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“A impugnação [colectiva] foi votada positivamente para avançar”, disse ao PÚBLICO Vera Assis Fernandes, uma das integrantes da comissão da plataforma. Segundo a investigadora, que trabalha na Alemanha, no plenário que se realizou nesta terça-feira, na Faculdade de Ciências Socias e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, estiveram cerca de 90 investigadores: “77% das pessoas votaram a favor.”

O Concurso Investigador FCT é um concurso internacional para lugares de investigação de cinco anos em Portugal de cientistas “excepcionais”, refere a fundação. Lançado em 2012, em 2013 o concurso selecionou 210 investigadores entre 1497 candidatos.

A principal queixa da plataforma é a condução do processo de avaliação. Segundo a plataforma, houve duas fases de avaliação, quando a FCT anunciou uma só. A fundação nega ter havido qualquer irregularidade no processo.

A 30 Dezembro, a plataforma apresentou uma reclamação à FCT, na qual pediu a anulação do concurso. Segundo Vera Assis Fernandes, a FCT tem até 29 de Janeiro para responder a essa reclamação; se não anular o concurso, a “impugnação colectiva” vai para a frente, refere a cientista.

No plenário, também foi marcada uma reunião nacional de investigadores para 3 de Maio, em princípio, onde se vai discutir a política científica nacional. “Há um problema de toda a teia universitária e académica em Portugal que tem de ser revista”, considera Vera Assis Fernandes.