Le Pen já ganhou

A líder da Frente Nacional é uma das protagonistas de 2014.

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Marine Le Pen está a "normalizar" as ideias do seu partido LIONEL BONAVENTURE/AFP

Não é que Marine Le Pen, uma filha do ano revolucionário de 1968, como ela gosta de dizer, seja propriamente reaccionária, tal como acontece com vários outros novos partidos de direita europeus. Por exemplo, a Frente Nacional que ela reconstruiu à sua imagem não considera a restrição do aborto um tema que interesse à sociedade francesa, por exemplo, em reacção ao que processo que o Governo espanhol está seguir.

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Não é que Marine Le Pen, uma filha do ano revolucionário de 1968, como ela gosta de dizer, seja propriamente reaccionária, tal como acontece com vários outros novos partidos de direita europeus. Por exemplo, a Frente Nacional que ela reconstruiu à sua imagem não considera a restrição do aborto um tema que interesse à sociedade francesa, por exemplo, em reacção ao que processo que o Governo espanhol está seguir.

Marine Le Pen ambiciona tornar o seu partido “normal”, vulgarizando as suas ideias, e nisso pode dizer-se que já ganhou. E não se pode dizer que não esteja a ter sucesso, não só em França como no resto da Europa: estigmatiza a imigração que “rouba” o trabalho aos nacionais e é causa de criminalidade, aponta o euro e as políticas da União Europeia como inimigos dos trabalhadores.

Em abono da verdade, diga-se que o mérito não tem sido todo dela e dos partidos congéneres, os governos europeus têm reforçado estas ideias, com o tipo de resposta que têm dado à crise e à imigração.