Cortes nos salários e pensões levam toda a oposição ao Tribunal Constitucional

PS vai sozinho e pode estar a trabalhar apenas em duas normas do Orçamento do Estado. Mas quatro artigos, pelo menos, podem chegar aos juízes do palácio Ratton.

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Juízes do Constitucional validaram a CES Rui Gaudêncio

Ontem, António José Seguro disse que os esforços socialistas estão agora concentrados em duas normas sobre salários e pensões e remeteu pormenores para mais tarde. O secretário-geral do PS voltou a referir o desacordo relativo à decisão de Cavaco Silva de não suscitar a fiscalização preventiva e insistiu na máxima popular que "mais vale prevenir do que remediar".<_o3a_p>

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Ontem, António José Seguro disse que os esforços socialistas estão agora concentrados em duas normas sobre salários e pensões e remeteu pormenores para mais tarde. O secretário-geral do PS voltou a referir o desacordo relativo à decisão de Cavaco Silva de não suscitar a fiscalização preventiva e insistiu na máxima popular que "mais vale prevenir do que remediar".<_o3a_p>

"Nós temos dúvidas. O Tribunal Constitucional vai com certeza clarificar essas dúvidas", concluiu Seguro. <_o3a_p>

Não obstante as declarações do secretário-geral do PS, mais de metade dos deputados socialistas (38), com Isabel Moreira à cabeça, assinaram uma declaração de voto em que enumeraram quatro artigos e se declararam "empenhados" em suscitar a fiscalização sucessiva caso Cavaco Silva não considerasse "pertinente" a fiscalização preventiva.

Em causa estavam a redução remuneratória na função pública, cortes nas pensões de sobrevivência,  subvenções vitalícias e contribuições nos subsídios de doença e desemprego. Seguro e Alberto Martins, líder parlamentar, não assinaram a declaração de voto. Mas estão lá os vices Alberto Costa, José Junqueiro, Mota Andrade e Marcos Perestrello.<_o3a_p>

Enquanto o PS decide as normas que chegarão aos juízes do Palácio Ratton, PCP, BE e PEV unem esforços à mesa das negociações para poderem suscitar um pedido comum, já que são necessários um décimo dos deputados à Assembleia da República, ou seja, 23. O que nenhum dos partidos tem sozinho.

Ao que o PÚBLICO apurou, é certo que os cortes remuneratórios dos funcionários públicos e dos pensionistas serão analisados pelo Tribunal Constitucional a pedido dos comunistas, bloquistas e ecologistas, mas ainda não há uma versão final. O documento deve estar pronto ainda este mês.