Greve na CP às horas extraordinárias prolonga-se durante um mês

Empresa ferroviária prevê impacto reduzido da paralisação, que se segue a outro período de greve

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Greve na CP e CP Carga prolonga-se até 31 de Janeiro Paulo Pimenta

O protesto segue-se a outro período de greve às horas extras, ao trabalho em dia de descanso semanal e dia de feriado que arrancou a 3 de Dezembro. A CP, “à semelhança do que aconteceu durante o mês de Dezembro, prevê impacto reduzido na circulação de comboios”, adianta fonte oficial, citada pela Lusa.

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O protesto segue-se a outro período de greve às horas extras, ao trabalho em dia de descanso semanal e dia de feriado que arrancou a 3 de Dezembro. A CP, “à semelhança do que aconteceu durante o mês de Dezembro, prevê impacto reduzido na circulação de comboios”, adianta fonte oficial, citada pela Lusa.

Também no sector da aviação continua, nesta sexta-feira, a greve parcial dos trabalhadores da SATA/Air Açores, que arrancou dia 19 e termina dia 6 de Janeiro. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil aponta o dedo à degradação das condições de trabalho e pede o pagamento das horas extraordinárias já efectuadas.

O ano de 2013 ficou marcado por sucessivas paralisações no sector dos transportes que afectaram o funcionamento de autocarros, metro, comboios, barcos ou aviões. Na véspera de Ano Novo, os trabalhadores da Carris fizeram greve a partir das 18 horas em protesto contra o Orçamento do Estado de 2014 e o agravamento dos cortes nos salários, que passam a afectar ordenados a partir dos 600 euros mensais. Os sindicatos estão contra o novo regime jurídico das empresas públicas e a suspensão do pagamento dos complementos de pensão.

Na Transportes Sul do Tejo também houve paralisação, medida justificada pelo facto de os trabalhadores “serem ignorados pela empresa”, referem os sindicatos. O mesmo sucedeu no Porto, na STCP.

O ano passado registaram-se, pelo menos, 81 paralisações nas empresas de transportes e comunicações. De acordo com os pedidos de arbitragem disponíveis na página do Conselho Económico e Social (CES) na internet - e indicados pela Lusa - o maior número de greves foi registado no Metropolitano de Lisboa (13), quase todas parciais. Seguiu-se a CP com 12 paralisações.