Uma parceria para ajudar quem tem amigos de quatro patas
Pedro Pedrosa, director da delegação do Porto do CASA, conta que foi com o arranque do projecto CASA Amiga, na freguesia da Vitória, em Outubro de 2012, que despertou para a necessidade de uma intervenção conjunta. Ao prestar ajuda a mais de 100 famílias carenciadas na zona histórica do Porto, a associaçã apercebeu-se de que a maior parte das pessoas “tinha grandes preocupações em ajudar os animais. Neste momento, estão sinalizadas mais de 50 famílias que recebem apoio em matéria de alimentação e cuidado veterinário.
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Pedro Pedrosa, director da delegação do Porto do CASA, conta que foi com o arranque do projecto CASA Amiga, na freguesia da Vitória, em Outubro de 2012, que despertou para a necessidade de uma intervenção conjunta. Ao prestar ajuda a mais de 100 famílias carenciadas na zona histórica do Porto, a associaçã apercebeu-se de que a maior parte das pessoas “tinha grandes preocupações em ajudar os animais. Neste momento, estão sinalizadas mais de 50 famílias que recebem apoio em matéria de alimentação e cuidado veterinário.
Na avaliação das situações de pessoas sem-abrigo são em primeiro lugar avaliadas as condições físicas do animal e depois dispensado apoio alimentar, esterilização e vacinação, ao mesmo tempo que se tenta “educar o cuidador” dos animais. Serão cerca de 20 os sem-abrigo a receber este tipo de apoio na cidade.
Pedro Pedrosa explica como os animais proporcionam protecção e aconchego físico e psicológico não só a quem vive na rua mas também a quem mora sozinho: “As pessoas estão cada vez mais sós. Os animais são nestes casos cada vez mais uma companhia, e cada vez mais a única”. Na sua opinião “as pessoas de rua tratam muitas vezes os animais muito melhor do que as que têm os animais em casa”.
Maria Pinto Teixeira é presidente da associação Animais de Rua e representa o outro braço desta parceria. Presta aos amigos de quatro patas das pessoas em dificuldades com ajuda alimentar e apoio veterinário. O número de pedidos de ajuda não pára de aumentar e os donativos a descer, lamenta: “Recebemos menos donativos que noutros tempos e com o mesmo orçamento temos que ajudar mais animais”. A associação conta com o apoio de quem se disponibiliza para apadrinhar esterilizações e vacinações. Acordos com alguns supermercados permitem colmatar as necessidades alimentares.
Embora a parceria AR+CA esteja já em pleno funcionamento no Porto, em Lisboa tem tido mais dificuldades para iniciar a sua actividade. Até agora apenas está a ser acompanhado um caso, o de um imigrante de origem africana que vive numa habitação devoluta com os seus gatos. Um dia um dos animais apareceu doente e foi necessária uma intervenção veterinária urgente. Até hoje já foram esterilizados dois bichos e outros dois aguardam a sua oportunidade. Para Isabel Antunes, a voluntária que acompanha de perto este caso, “os gatos constituem uma companhia e uma fonte de afecto” do homem, que se encontra longe da sua família e do seu país de origem.