Passageiros de navio preso no gelo poderão ter de ser retirados pelo ar
Se a massa de gelo não permitir a saída da embarcação, um helicóptero pode ser mobilizado para retirar os passageiros de uma expedição na Antárctida.
Se o barco mobilizado para a operação, Aurora Australis, não conseguir furar o gelo para que o navio russo possa sair do sítio onde está imobilizado, os passageiros poderão vir a ser retirados pelo ar, diz o jornal The Guardian.
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Se o barco mobilizado para a operação, Aurora Australis, não conseguir furar o gelo para que o navio russo possa sair do sítio onde está imobilizado, os passageiros poderão vir a ser retirados pelo ar, diz o jornal The Guardian.
A bordo do navio que pretendia lembrar a Expedição da Australásia na Antárctida estão 74 pessoas, dos quais cerca de 50 são passageiros. Perante ventos fortes, o navio acabou por ficar rodeado por numa enorme massa de gelo a cerca de 100 milhas da base francesa de Dumont D’Urville. O que, segundo a BBC, não impediu que os cientistas a bordo deixassem de fazer experiências sobre o extenso bloco de neve formado à volta do navio.
Andrew Luck-Baker, jornalista do programa Discovery, daquela estação britânica, seguia com a equipa a bordo do navio. Na última madrugada, dizia que já eram visíveis algumas fissuras no gelo, o que veio dar alguma esperança de que a embarcação possa voltar a navegar. Mas a imprevisibilidade do estado do tempo deixa tudo em aberto, porque as condições meteorológicas podem mudar de um momento para o outro e obrigar a inverter os planos.
Antes da tentativa realizada pelo Aurora Australis, o quebra-gelo chinês Snow Dragon tentara ir ao encontro do Academician Shokalskiy. Mas sem sucesso. A embarcação começou também ela a ficar presa na massa de gelo e foi obrigada a afastar-se, ficando a cerca de sete milhas do navio russo (cerca de 11 quilómetros), escreve ainda a BBC.
Como o quebra-gelo chinês transporta consigo um helicóptero de salvamento, uma das hipóteses em cima da mesa será retirar as pessoas pelo ar.
A equipa da expedição garante que todos estão em segurança. Não falta comida. E o clima está agradável, dizia ainda à BBC Sean Borkovic, um dos cientistas voluntários da expedição.