“Em 2017 haverá mais candidaturas independentes apesar de não estarem a ser bem-sucedidas”, diz especialista

“Estas candidaturas têm vindo a crescer e não exclusivamente em Portugal, devido, por um lado, ao descrédito relativamente às instituições políticas - em especial os partidos -, mas também porque existe actualmente o público mais informado e formado de sempre (no mundo ocidental), o que aumenta o nível de exigência em relação ao desempenho das instituições políticas.”

Segundo Ana Belchior, “isto explica, em parte, porque apenas 17% dos portugueses dizem ter confiança nos partidos políticos. Por isso, creio que o crescimento da expressão destas candidaturas e o seu sucesso eleitoral são fenómenos que acompanharão a cena política nacional nos próximos anos, mesmo que a gestão destes presidentes nem sempre tenha uma avaliação positiva”.

“Haverá os bons gestores e os menos bons”, afirma a professora, acrescentando que “acresce ainda o facto de estas serem candidaturas/presidentes em que prevalece um elevado grau de penalização política, pelo que o mau desempenho de uns não deverá contagiar a esperança de mudança das populações ao eleger candidatos independentes”.

António Cândido, professor catedrático da Escola de Direito da Universidade do Minho, admite também um aumento de candidaturas independentes dentro de quatro anos por diversas razões: “Uma boa gestão local dos independentes; um maior desencanto com os partidos (de que estão estes à espera para terem melhor conceito na opinião pública?); uma maior vitalidade cívica.”

António Cândido diz que o que se “espera dos independentes que lideram municípios é uma gestão local exemplar e assim uma boa relação com os cidadãos” e adverte para a “inevitável” comparação que será feita com as autarquias governadas pelos partidos. “Os sítios na internet podem (devem) ser uma boa forma de fazer comparação. Bem analisados, ‘falam’ muito. Importa observá-los’”, defende.
 

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“Estas candidaturas têm vindo a crescer e não exclusivamente em Portugal, devido, por um lado, ao descrédito relativamente às instituições políticas - em especial os partidos -, mas também porque existe actualmente o público mais informado e formado de sempre (no mundo ocidental), o que aumenta o nível de exigência em relação ao desempenho das instituições políticas.”

Segundo Ana Belchior, “isto explica, em parte, porque apenas 17% dos portugueses dizem ter confiança nos partidos políticos. Por isso, creio que o crescimento da expressão destas candidaturas e o seu sucesso eleitoral são fenómenos que acompanharão a cena política nacional nos próximos anos, mesmo que a gestão destes presidentes nem sempre tenha uma avaliação positiva”.

“Haverá os bons gestores e os menos bons”, afirma a professora, acrescentando que “acresce ainda o facto de estas serem candidaturas/presidentes em que prevalece um elevado grau de penalização política, pelo que o mau desempenho de uns não deverá contagiar a esperança de mudança das populações ao eleger candidatos independentes”.

António Cândido, professor catedrático da Escola de Direito da Universidade do Minho, admite também um aumento de candidaturas independentes dentro de quatro anos por diversas razões: “Uma boa gestão local dos independentes; um maior desencanto com os partidos (de que estão estes à espera para terem melhor conceito na opinião pública?); uma maior vitalidade cívica.”

António Cândido diz que o que se “espera dos independentes que lideram municípios é uma gestão local exemplar e assim uma boa relação com os cidadãos” e adverte para a “inevitável” comparação que será feita com as autarquias governadas pelos partidos. “Os sítios na internet podem (devem) ser uma boa forma de fazer comparação. Bem analisados, ‘falam’ muito. Importa observá-los’”, defende.