Serviço meteorológico do Reino Unido vai dar o tempo do espaço
Erupções solares vão estar na mira diária do Met Office para ajudar empresas a antecipar possíveis impactos negativos na Terra.
“Um investimento num sistema inovador de 4,6 milhões de libras [5,52 milhões de euros], feito pelo Departamento de Negócios, Inovação e Capacidades [do Governo do Reino Unido], vai ajudar a proteger as tecnologias do quotidiano de que dependemos. As erupções solares severas, tempestades espaciais e os ventos solares podem provocar falhas nos satélites, assim como no GPS, nas redes eléctricas e nas comunicações por rádio”, lê-se num comunicado do Met Office.
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“Um investimento num sistema inovador de 4,6 milhões de libras [5,52 milhões de euros], feito pelo Departamento de Negócios, Inovação e Capacidades [do Governo do Reino Unido], vai ajudar a proteger as tecnologias do quotidiano de que dependemos. As erupções solares severas, tempestades espaciais e os ventos solares podem provocar falhas nos satélites, assim como no GPS, nas redes eléctricas e nas comunicações por rádio”, lê-se num comunicado do Met Office.
A actividade solar normal lança para o espaço o vento solar, um plasma de protões e electrões, que está continuamente a ser emitido em todas as direcções e atinge a Terra. As auroras boreais são causadas pela interacção entre átomos da atmosfera terrestre e o vento solar. Fenómenos solares mais violentos como grandes erupções lançam quantidades de energia muito maiores, que podem causar apagões nas redes eléctricas, afectar a ionosfera da Terra, o meio por onde as ondas rádio se propagam, ou danificar satélites envolvidos no sistema de posicionamento geográfico.
Em finais de Agosto e inícios de Setembro de 1859, o astrónomo amador britânico Richard Carrington observou enormes erupções no Sol, que em poucas horas chegavam à Terra. A erupção causou auroras boreais que foram observadas no Havai. Os sistemas de telégrafo da Europa e dos Estados Unidos falharam. Hoje, uma situação equivalente poderia ter estragos muito mais graves.
O novo serviço do Met Office só estará a funcionar a 100% no Outono de 2014, e está pensado especialmente para o Reino Unido. O Met Office irá trabalhar com várias instituições internacionais, como a NASA ou a Agência Espacial Europeia, para manter o funcionamento do serviço.