Greve condiciona recolha do lixo nas próximas duas semanas em Lisboa
Câmara pede aos moradores que evitem depositar resíduos na via pública até 5 de Janeiro.
A acção de protesto foi convocada por dois sindicatos afectos à CGTP, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML). Os funcionários municipais farão greve ao trabalho normal, às horas extraordinárias e ao trabalho suplementar.
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A acção de protesto foi convocada por dois sindicatos afectos à CGTP, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML). Os funcionários municipais farão greve ao trabalho normal, às horas extraordinárias e ao trabalho suplementar.
Em comunicado, a Câmara de Lisboa admite que a paralisação poderá “afectar o normal funcionamento do sistema de limpeza e recolha de lixo na capital”, pelo que pede contenção na deposição dos resíduos na via pública. Até porque os sindicatos contam com uma forte adesão à greve.
A autarquia diz que os Serviços de Higiene e Limpeza vão “desenvolver todos os esforços com vista a minimizar as eventuais consequências” da paralisação. E após o período da greve, tratarão de “proceder à rápida normalização do sistema de remoção de lixo e actividades complementares como a recolha de "monstros" e a varredura e lavagem das ruas.
A paralisação tem início já a partir das 0h desta terça-feira, dia em que abrange os trabalhadores da Divisão de Limpeza Urbana e os condutores de máquinas pesadas e veículos especiais. O mesmo acontecerá na próxima sexta-feira durante todo o dia e no sábado entre as 0h e as 5h.
Na quinta-feira após o Natal a paralisação destina-se a todos os trabalhadores do município, independentemente do vínculo que tenham com a autarquia.
Durante as duas semanas de protesto, todos os trabalhadores estão abrangidos pela greve ao trabalho extraordinário. Segundo o pré-aviso subscrito pelo STML e pelo STAL, os funcionários contesta, nomeadamente, o Orçamento do Estado para 2014, a “lei das 40 horas” e os “cortes nos vencimentos, nas pensões, no subsídio de desemprego, no subsídio de doença e noutras prestações sociais”.
Estas paralisações, que ocorrerão pouco antes da anunciada transferência de competências, equipamentos e pessoal da Câmara de Lisboa para as 24 juntas de freguesia da cidade, visam também “exigir a negociação com os sindicatos, a informação e transparência de qualquer processo que envolva os trabalhadores e serviços municipais”, bem como “reafirmar o direito inalienável do vínculo laboral dos trabalhadores ao município”.