Nova acusação contra ex-Presidente do Egipto Mohamed Morsi

O islamista, que foi deposto em Julho, foi responsabilizado por motins prisionais no início da revolução egípcia, em Janeiro de 2011.

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Mohamed Morsi é arguido em três julgamentos STR/AFP

De acordo com os procuradores egípcios, Mohamed Morsi, que foi detido dias depois do início da revolta popular contra o regime autocrático do antigo Presidente Hosni Mubarak, em Janeiro de 2011, conspirou com os restantes arguidos para organizar e levar a cabo os motins – que culminaram com a fuga de cerca de 20 mil prisioneiros – e promover a instabilidade e a violência no país.

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De acordo com os procuradores egípcios, Mohamed Morsi, que foi detido dias depois do início da revolta popular contra o regime autocrático do antigo Presidente Hosni Mubarak, em Janeiro de 2011, conspirou com os restantes arguidos para organizar e levar a cabo os motins – que culminaram com a fuga de cerca de 20 mil prisioneiros – e promover a instabilidade e a violência no país.

Morsi, o primeiro Presidente eleito do país, que foi deposto em Julho num golpe apoiado pelas chefias militares, está acusado pela organização dos motins, pela disseminação do caos no país e pelo sequestro e morte de guardas prisionais e polícias. Vários desses crimes são puníveis com a pena de morte.

Uma declaração emitida pelo juiz responsável pela investigação, Hassan Samir, diz que o inquérito lançado em Abril demonstrou que os dirigentes da Irmandade Muçulmana entraram em contacto com agentes de grupos estrangeiros para uma missão de “destruição do Estado egípcio e das instituições do país”. Para levar a cabo esse propósito, os arguidos “recrutaram cerca de 800 militantes que vieram da Faixa de Gaza para atacar esquadras de polícia e pelo menos três estabelecimentos prisionais no Egipto, matando agentes da autoridade e indivíduos que estavam detidos, e facilitando a fuga de milhares de prisioneiros”.

Além de Morsi, são arguidos no mesmo processo o líder da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, e o seu número dois, Mahmoud Ezzat, que se encontra fugido da justiça, e outros dirigentes da organização e do seu braço político, o Partido Justiça e Liberdade, incluindo o antigo presidente do Parlamento Saad el-Katatni.

Esta última acusação eleva para três o número de julgamentos em que Mohamed Morsi figura na condição de arguido. Um deles já começou: o ex-Presidente responde pelo crime de incitamento ao ódio aos seus opositores durante uma manifestação durante o seu mandato.

O outro processo diz respeito a uma outra acusação por conspiração com grupos estrangeiros para a desestabilização do Egipto. A data para o início do julgamento ainda não foi fixada.