EDIA lançou concurso para o bloco de rega que completa o sistema global de Alqueva

O grande projecto de rega que vai beneficiar 120.000 hectares de terras foi anunciado, pela primeira vez, há 56 anos no âmbito do Plano de Rega do Alentejo. Ficará concluído em 2015.

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Neste sentido, lançou ontem o último concurso para a empreitada de construção do bloco de rega Roxo/Sado, para que fique concluído o sistema de rega de Alqueva dimensionado para irrigar 120.000 hectares de solos agrícolas.

O derradeiro bloco de rega a ser construído em Alqueva irá beneficiar uma área com mais de 4.000 hectares. Para além da rede de rede primária e secundária, o novo bloco de rega inclui um sistema elevatório de água, redes viária e de drenagem, um reservatório de automação e telegestão. O custo previsto para esta empreitada ascende aos cerca de 18 milhões de euros.

O concurso para este o bloco de rega é lançado 14 anos depois do primeiro concurso de construção do perímetro de rega da Infraestrutura 12 no concelho de Ferreira do Alentejo.

A EDIA anuncia que já foram concluídos e prontos a serem cultivados cerca de 68.000 hectares de novos regadios em Alqueva. Em fase de construção encontram-se os sistemas de rega de Cinco Reis/Trindade e São Pedro/Baleizão/Quintos, representando mais 20.000 hectares. Em processo de concurso, encontram-se os perímetros de rega Caliços/Machados, Caliços/Moura, Pias e Amoreira/Caliços que completam o subsistema de rega do Ardila e ainda o perímetro de rega de S. Matias, que completa o subsistema de rega de Pedrógão, bem como os de Vale de Gaio, Beringel/Beja e agora também o Roxo/Sado.

Quando estiver concluído o sistema global de rega, estarão investidos cerca de 2,5 mil milhões de euros no projecto de fins múltiplos de Alqueva, que foi anunciado, pela primeira vez, em 1957 no âmbito do Plano de Rega do Alentejo, há 56 anos.

As obras arrancaram em 1977, foram interrompidas dois anos depois, alegando-se o elevado custo da água para rega e um parecer negativo do Banco Mundial. Ficaram concluídas as ensecadeiras de montantes e jusante, canal de derivação do rio, área social de apoio, laboratório, estação de tratamento de águas para a zona residencial e acessos viários a Moura e Portel.

A retoma das obras acontece em 1998 com o início das betonagens no corpo da barragem que encerrou as suas comportas a 8 de Fevereiro de 2002.