A Polystation 4
Os famosos 999 em um. Ou seja, um só cartucho continha centenas de jogos! Tudo isto na teoria parecia ser maravilhoso
A Polystation era uma espécie de “consola dos pobres”. Ou pelo menos, para aqueles com orçamento mais reduzido. Mas, isso tira-lhe algum brilho? Não!
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Polystation era uma espécie de “consola dos pobres”. Ou pelo menos, para aqueles com orçamento mais reduzido. Mas, isso tira-lhe algum brilho? Não!
A bem da verdade, atrás da Polystation está uma verdadeira história de pirataria. Tudo começou quando algumas empresas asiáticas copiaram a Famicom (1983) da Nintendo e começaram a comercializar as suas versões no ocidente. Por entre nós ficaram conhecidas por “Famiclones” e ainda hoje são produzidas possuindo a mesma arquitectura, mas com estruturas diferentes.
Existiram vários modelos ao longo dos anos, sendo que uns tinham semelhança com os sistemas da época, ou então tentavam ser mais arrojados nas suas propostas, escolhendo a sua própria linha. Nomes como Family Game, Polystation, Super Mega Sonic Game, Game64, Xgame, Dreamcat System, são só alguns; talvez até sejam familiares, mas, na essência eram todos a mesma coisa. Continuavam a ser clones da Famicom e os próprios cartuchos ainda eram claramente inspirados nesse (obsoleto) sistema de 8bits.
São 999 jogos em um!
Outra coisa que distinguia igualmente a Polystation (e variantes) era a sua promessa dum infindável número de jogos. Os famosos 999 em um. Ou seja, um só cartucho continha centenas de jogos! Tudo isto na teoria parecia ser maravilhoso.
Infelizmente ou não, os tais jogos prometidos não eram mais que uma dezena. Simplesmente, cada um tinha a sua variante; seja começar directamente no último nível, personagens ligeiramente diferentes ou com nomes fantásticos.
O jogo até podia chamar-se Metal Gear, mas o que estava lá dentro era o clássico Battle City. Ou então, ter o nome Alien 3 no título… sendo que na verdade era o Contra. E assim sucessivamente.
Uma coisa é certa, senão fosse essas cópias piratas não teria jogado clássicos como Super Mario Bros, Excitebike, Duck Hunt, Yie Ar Kung Fu, Twin Bee, Arkanoid… A lista continua e continua.
Fantasticamente estas Famiclones continuam a existir até hoje, prometendo possibilidades bem além das suas capacidades. Seja gráficos alucinantes, Sound Doubly Surround 5.1, ou franchising recentes, como Assassin's Creed, ou Call of Duty. Mas, na verdade…
Se calhar este Natal até compro uma Polystation 4 ou uma XGame One.