Aumento da concorrência ajudou a venda recorde de máquinas Bimby

Em Novembro venderam-se mais de cinco mil máquinas, valor mensal nunca antes atingido desde que marca está em Portugal.

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Os robots de cozinha multifunções invadiram o mercado no último ano e chegaram finalmente às prateleiras da grande distribuição. Em Setembro, o grupo Sonae (dono do PÚBLICO) colocou à venda a Yämmi nas lojas Continente e Worten, por 349 euros, menos de metade do valor actual da concorrente Bimby (que custa 966 euros). Também o Pingo Doce anunciou a intenção de lançar um robot de cozinha, o Chef Express, mas “as recentes novidades que se registaram neste mercado” levaram o grupo Jerónimo Martins a “revisitar este projecto”. De acordo com fonte oficial do Pingo Doce, a empresa está a trabalhar para criar “as condições para uma verdadeira democratização de um produto que é de elevada qualidade”. A mesma fonte não avança data de lançamento, mas admite que a “fase final de ajustamentos” não deve estar concluída este ano.

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Os robots de cozinha multifunções invadiram o mercado no último ano e chegaram finalmente às prateleiras da grande distribuição. Em Setembro, o grupo Sonae (dono do PÚBLICO) colocou à venda a Yämmi nas lojas Continente e Worten, por 349 euros, menos de metade do valor actual da concorrente Bimby (que custa 966 euros). Também o Pingo Doce anunciou a intenção de lançar um robot de cozinha, o Chef Express, mas “as recentes novidades que se registaram neste mercado” levaram o grupo Jerónimo Martins a “revisitar este projecto”. De acordo com fonte oficial do Pingo Doce, a empresa está a trabalhar para criar “as condições para uma verdadeira democratização de um produto que é de elevada qualidade”. A mesma fonte não avança data de lançamento, mas admite que a “fase final de ajustamentos” não deve estar concluída este ano.

Isabel Padinha, responsável da Vorwerk em Portugal, diz que não foi feito um esforço adicional para vender mais máquinas e explica os números de Novembro com a abertura de um mercado que, até há pouco tempo, estava confinado a uma única marca. “Sentimos que alargámos o leque de potenciais compradores e o impacto deste mês reflecte um pouco isso. Sentimos que o consumidor, pelo facto de ter oportunidade de escolha, nos beneficiou”, afirma.

Ainda assim, Novembro “é um mês historicamente bom”. “O Natal aproxima-se, as pessoas recebem o subsídio e quem não é apologista do financiamento espera por este momento para comprar. Mas alargou-se o leque de interessados”, explica. O ano passado, foram vendidas 35 mil máquinas. Este ano a expectativa é chegar às 37 mil, mais 6%. Cerca de metade das vendas são feitas com recurso a crédito bancário.

Questionada pelo PÚBLICO sobre quantas máquinas Yämmi já foram vendidas desde Setembro, fonte do Continente refere apenas que a adesão dos clientes tem sido “excelente”. Ao lançar o robot de cozinha, a cadeia de hipermercados quis oferecer uma solução acessível e adequada à conjuntura económica, explica a mesma fonte. A venda é feita directamente nas lojas, onde há demonstradoras que ensinam aos consumidores como preparar receitas.

A “guerra” das máquinas que trituram, cozem ou batem está para durar. A cadeia Aldi também lançou a Ladymaxx Gourmet, e fabricantes de electrodomésticos lançaram a My Cook (Taurus) ou a Petit Gourmet (Sanyo).

Fiel ao sistema de venda directa, feita em casa dos clientes por uma demonstradora, a Vorwerk mudou recentemente a estratégia de comercialização. Antes baseava o modelo comercial num “sistema referencial”, ou seja, um cliente indicava outro potencial. Agora passou a fazer parties, juntando várias potenciais consumidoras na mesma casa, ao estilo da Tupperware. “Com este sistema, cobrimos mais rapidamente mais potenciais interessados na Bimby. Mas ainda é cedo para ter dados sobre os impactos desta mudança”, refere Isabel Padinha. O número de demonstradoras mantém-se estável: cresceu de 1520 vendedoras em 2012 para 1531 em 2013.

Quanto ao potencial de crescimento, a responsável da empresa alemã adianta que em 2014 vão abrir novas delegações em Leiria e na Madeira. “Há espaço para mais bimbys em Portugal”, garante, fazendo contas: “Temos quatro milhões de famílias no país. Vendemos até agora um total de 260 mil bimbys, por isso, temos mais de 3,5 milhões de famílias sem máquina. Mesmo que dois milhões não possam comprar, estamos a falar de um potencial de mais de um milhão. E nós não vendemos um milhão de máquinas num ano”.