Morsi acusado de espionagem para facilitar ataques terroristas no Egipto
Em questão está a fuga da prisão de Wadi Natroun, em 2011, durante a revolta contra Hosni Mubarak.
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Mohamed Morsi foi questionado pela justiça egípcia sobre as circunstâncias em que ocorreu a sua fuga da prisão de Wadi Natroun, a nordeste do Cairo, durante a revolta contra Hosni Mubarak, no início de 2011. O inquérito teve como objectivo apurar se Morsi e outros membros da Irmandade Muçulmana foram ajudados por grupos estrangeiros como o Hezbollah libanês ou o Hamas palestiniano.
A Irmandade venceu todas as eleições desde a queda de Mubarak, mas quando milhões de egípcios se manifestaram contra Morsi, em Junho, os generais derrubaram o primeiro líder escolhido em eleições livres no Egipto e voltaram a tomar em mãos os destinos do país. Entretanto, descrevem todos os islamistas como terroristas e muitos membros da confraria e do partido político que esta fundou em 2011 foram perseguidos e presos.
No mês passado, aliás, o Governo interino que os generais nomearam alterou a lei das manifestações, permitindo, por exemplo, que as forças policiais dispersem protestos com recurso a gás lacrimogéneo, canhões de água, granadas de fumo, tiros de aviso, balas de borracha ou munições reais.