PS diz que aumentam as incertezas quanto ao futuro
Dirigente socialista considera "incrível" que Paulo Portas não tenha dirigido uma única palavra aos desempregados na conferência de imprensa sobre a 10ª avaliação da troika.
No dia em que o vice-primeiro-ministro e a ministra das Finanças revelaram que a 10º avaliação regular da troika foi positiva, que “os objectivos são alcancáveis” e que “ainda não há nenhuma decisão sobre a forma de sair do programa” coube ao secretário nacional Eurico Brilhante Dias reagir em nome do PS.
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No dia em que o vice-primeiro-ministro e a ministra das Finanças revelaram que a 10º avaliação regular da troika foi positiva, que “os objectivos são alcancáveis” e que “ainda não há nenhuma decisão sobre a forma de sair do programa” coube ao secretário nacional Eurico Brilhante Dias reagir em nome do PS.
De acordo com o dirigente socialista, o que Paulo Portas e Maria Luís de Albuquerque revelaram esta segunda-feira aos portugueses não passa de uma “verdade de La Palice”, isto na medida em que o programa de ajustamento "acabaria sempre daqui a 5 meses”.
O porta-voz do PS frisou que o facto da ministra das Finanças ter admitido que ainda não está em cima da mesa a discussão da forma como Portugal vai deixar a ajuda externa só "aumenta a incerteza". E acusa o governo de "falar em diferentes vozes", na medida em que vários cenários têm sido apontados para a saída do programa e hoje Maria Luís de Alburquerque deixou em aberto se vai ou não haver um programa cautelar.
Eurico Brilhante Dias apelidou ainda de “incrível” o facto de o senhor vice-primeiro-ministro não ter tido uma única palavra para com os desempregados que, na sua opinião, “devem estar sempre no centro das nossas preocupações”.