Parlamento adia votação final global do IRC

Consenso entre todas as bancadas depois de fracassadas negociações entre PS e o Governo.

Fotogaleria

Momentos antes, o líder do PS e o primeiro-ministro falaram longos minutos ao telefone durante a fase final do debate quinzenal sobre as condições que permitiriam que as propostas voltassem a ser debatidas, depois de na quinta-feira já terem terminado na votação na especialidade.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Momentos antes, o líder do PS e o primeiro-ministro falaram longos minutos ao telefone durante a fase final do debate quinzenal sobre as condições que permitiriam que as propostas voltassem a ser debatidas, depois de na quinta-feira já terem terminado na votação na especialidade.

No debate quinzenal, Passos Coelho mostrou "total abertura" para negociar as propostas do PS e disse "lamentar profundamente" a atitude dos socialistas, por terem feito "uma imposição", dizendo "‘ou estas quatro medidas são aceites pelos senhores ou não há nenhuma negociação'". 

O líder do PS pediu a palavra e acusou o Governo de "trapalhada". "As propostas foram entregues, se há um volte-face nesta matéria foi o Governo porque depois de uma enorme trapalhada disse que não votava", argumentou António José Seguro. Em resposta, o primeiro-ministro mostrou disponibilidade para que as conversações continuem a nível parlamentar. "Se entende que as propostas estão em condições de poder merecer um entendimento do PS, não vejo razão para entendimento em sede parlamentar", afirmou Passos Coelho.

Na bancada socialista, o secretário-geral telefonou ao primeiro-ministro e estiveram a falar alguns minutos, mas desconhece-se o resultado desta conversa.