Efromovich quer abrir nova companhia de aviação na Europa

O milionário colombiano-brasileiro ainda não desistiu de comprar a TAP, mas garante que há alternativas em cima da mesa.

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Efromovich diz que a oportunidade de adquirir a TAP “era a que mais se encaixava” em termos de “plano de negócios” DR

À margem da reunião anual da Star Alliance, em Viena, onde estiveram todos os responsáveis máximos das 28 transportadoras aéreas que formam a aliança, o milionário colombiano-brasileiro avançou nesta sexta-feira que a estratégia da Avianca (a companhia sul-americana que controla) “pode passar por uma empresa nova, do zero”.<_o3a_p>

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À margem da reunião anual da Star Alliance, em Viena, onde estiveram todos os responsáveis máximos das 28 transportadoras aéreas que formam a aliança, o milionário colombiano-brasileiro avançou nesta sexta-feira que a estratégia da Avianca (a companhia sul-americana que controla) “pode passar por uma empresa nova, do zero”.<_o3a_p>

Questionado sobre mais detalhes desta possibilidade, Efromovich respondeu que é uma hipótese “bem séria, considerando o que se precisa de investir”, face aos “riscos de assumir” uma transportadora que já esteja no activo, nomeadamente no que diz respeito à dívida e às contingências que acumulou. Não adiantou, no entanto, em que zona da Europa poderá concretizar esta ideia, referindo apenas que está “a olhar para diferentes países”.<_o3a_p>

Até agora, o investidor tinha sempre assumido a vontade de procurar alternativas à TAP, mas sem referir a possibilidade de criar uma transportadora aérea do zero. O cenário de adquirir uma outra companhia europeia não está, porém, colocado de parte. “Estamos a falar com pessoas. É o nosso dia-a-dia”, afirmou.<_o3a_p>

“Até chegar àquela experiência do ano passado [com a TAP], que infelizmente não deu certo, passaram três anos. Começámos a ver seriamente a Europa em Julho deste ano. Estamos a estudar o mercado”, explicou.<_o3a_p>

Quanto à TAP, Efromovich anda não desistiu totalmente de comprar a companhia portuguesa. Tem, aliás, estado em Lisboa em reuniões onde o tema foi abordado, embora não confirme. “[Vou] a Lisboa para comer uma bacalhoada de vez em quando, mas fora disso nunca aconteceu nada em relação à aviação”, disse.<_o3a_p>

Continua, no entanto, a frisar que a oportunidade de adquirir a TAP “era a que mais se encaixava” em termos de “plano de negócios”. Neste momento, a Avianca voa apenas para Espanha e pretende alargar a sua impressão digital na Europa. Se a venda tivesse corrido de feição a Efromovich, as duas transportadoras seriam complementares no triângulo América Latina, Europa e África.<_o3a_p>

A própria administração da TAP reconheceu o interesse estratégico da proposta feita pelo milionário colombiano-brasileiro, tendo dado um parecer favorável sobre a oferta ao Governo. No entanto, o executivo decidiu suspender a privatização da companhia, que faz parte do programa acordado com a troika (ao abrigo do qual já foram vendidas as participações na EDP e na REN e alienadas duas empresas públicas, ANA e CTT, sendo que esta última ainda é detida minoritariamente pelo Estado).<_o3a_p>

A proposta de Efromovich foi rejeitada a 20 de Dezembro de 2012, durante o Conselho de Ministros. A recusa por parte do Governo esteve relacionada com o facto de o investidor, o único que apresentou uma proposta pela TAP, não ter apresentado as garantias financeiras consideradas adequadas. O executivo decidiu, por isso, que não estavam reunidas todas as condições que assegurassem que o projecto estratégico definido seria cumprido e que todas as responsabilidades seriam assumidas pelo comprador.<_o3a_p>

Com o fracasso na privatização da TAP, que já tem estado na agenda de sucessivos governos desde os anos 90, mantém-se a indefinição sobre quando e como será alienada a transportadora aérea, que está impedida, por regras comunitárias, de receber injecções de capital do Estado. Apesar de, nos últimos tempos, se ter especulado sobre a possibilidade de uma dispersão de parte do capital em bolsa, há constrangimentos e riscos associados a este modelo que deverão levar o Governo a optar por uma venda directa. No entanto, este cenário só se tornará real se surgir mais do que um interessado.<_o3a_p>

A jornalista viajou a convite da Star Alliance