CP lança serviço Intercidades no eixo Braga-Lisboa
A partir de domingo, passam de oito para dez as ligações sem transbordos entre as duas cidades. Novo comboio vai demorar mais 30 minutos do que o Alfa Pendular entre a cidade do Minho e a capital, mas será sete euros mais barato.
Até agora a cidade dos arcebispos estava ligada a Lisboa pelo serviço Alfa Pendular – com quatro comboios em cada sentido – que fazem a viagem em 3 horas e 25 minutos (menos dois minutos no sentido inverso). O Intercidades ligará Santa Apolónia a Braga em 3 horas e 55 minutos, mais meia hora do que o Alfa Pendular, mas servirá, em compensação, mais estações da Linha do Norte.
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Até agora a cidade dos arcebispos estava ligada a Lisboa pelo serviço Alfa Pendular – com quatro comboios em cada sentido – que fazem a viagem em 3 horas e 25 minutos (menos dois minutos no sentido inverso). O Intercidades ligará Santa Apolónia a Braga em 3 horas e 55 minutos, mais meia hora do que o Alfa Pendular, mas servirá, em compensação, mais estações da Linha do Norte.
Além de ser mais barato (25,80 euros de Lisboa a Braga em 2.ª classe, contra 32,80 do Alfa), o Intercidades vai permitir que se possa viajar sem transbordos do Minho para Espinho, Pampilhosa, Alfarelos, Pombal, Entroncamento, Santarém e Vila Franca Xira. Até agora, quem quisesse viajar desde estas estações para Braga, Nine ou Famalicão, só o podia fazer com uma mudança de comboio em Campanhã.
Tal como os pendulares, os Intercidades estão também dotados de cafetaria, embora, neste caso, não sirvam refeições ao lugar.
Segundo a CP, o novo serviço Intercidades para Braga “reforça o leque de opções de mobilidade ferroviária para as populações desta região, que conta com uma forte actividade económica em diversos sectores e um importante pólo universitário”.
Em termos ferroviários, a cidade dos arcebispos ganha maior capacidade de atracção, mas fica muito aquém daquilo que já chegou a ser dado como adquirido – a sua inclusão na linha de alta velocidade Porto-Vigo. As novas abordagens, em período de crise, apontam para uma melhoria da linha actual entre Porto e Valença, ficando Braga à margem da futura ligação para a Galiza.
No resto do país, o horário de Inverno não traz alterações significativas em termos de aumento de oferta, excepto entre Guimarães e Porto, onde a CP lança um comboio rápido que fará este percurso em 54 minutos, em vez da 1 hora e 12 minutos em que os suburbanos costumam efectuar este trajecto.
No Norte a CP faz ajustamentos a vários comboios nas linhas do Douro e do Minho, para permitir enlances em Campanhã com os comboios que partem e procedem de Lisboa. O mesmo acontece com alguns comboios regionais da Beira Alta que vão passar a partir um a cinco minutos mais tarde da Guarda e de Coimbra para poderem dar ligação à Linha do Norte e às composições de e para a Figueira da Foz.
Esta preocupação em que os comboios procedentes do Minho, Douro e Beira Alta dêem ligação aos da Linha do Norte pode significar uma mudança de paradigma para a CP que, há anos, praticamente deixou de funcionar em rede, passando a sua oferta a assentar em percursos desligados uns dos outros.
A nova administração presidida por Manuel Queiró deu um sinal claro nesse sentido quando colocou os comboios da Linha do Oeste a circular para Coimbra e não para a Figueira da Foz.