Moção exige esclarecimento sobre concurso Investigador FCT
Avaliação de concurso lançado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia pode acabar no tribunal.
“A Fundação para a Ciência e a Tecnologia não pode permitir-se conduzir concursos que deixam uma ampla indignação, de suspeitas e dúvidas, na comunidade científica nacional”, lê-se no documento preparado por Ana Delicado (do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), João Neres (da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça), Mário Machaqueiro (da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa), Raquel Varela (do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa) e Vera Assis Fernandes (do Museu de História Natural de Berlim e da Universidade de Lisboa).
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“A Fundação para a Ciência e a Tecnologia não pode permitir-se conduzir concursos que deixam uma ampla indignação, de suspeitas e dúvidas, na comunidade científica nacional”, lê-se no documento preparado por Ana Delicado (do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa), João Neres (da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça), Mário Machaqueiro (da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa), Raquel Varela (do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa) e Vera Assis Fernandes (do Museu de História Natural de Berlim e da Universidade de Lisboa).
A moção, assinada até agora por mais de 670 pessoas, pode ser lida e assinada aqui. As assinaturas fecham nesta quinta-feira às 17h, a moção e as assinaturas serão depois enviadas para a FCT.
O concurso Investigador FCT foi lançado em 2012 para criar um corpo estável de 1000 cientistas em Portugal até 2016. O programa abre as portas a cientistas portugueses e estrangeiros, com currículos “excepcionais”, para fazerem investigação num laboratório em Portugal à sua escolha, também durante cinco anos.
Em 2012, atribuiu-se financiamento a 159 das 1197 candidaturas. Este ano, dos 1479 candidatos, 204 ganharam o concurso. O que totaliza, até agora, 363 investigadores apoiados. Mas o processo de avaliação de 2013 e a divulgação dos resultados no fim de Novembro estão a causar polémica. Uma das questões é se a avaliação foi feita numa só fase, como foi anunciado para o concurso deste ano, ou se foi feita em duas. “A questão central que queremos ver neste momento esclarecida é se todos os candidatos tiveram direito a uma avaliação em condições de absoluta igualdade”, defende o documento.
Uma segunda moção saída da reunião, em Lisboa, e intitulada Em defesa do emprego científico, exige “relações laborais protegidas”, “uma reavaliação das características das actuais bolsas de pós-doutoramento e doutoramento” e “um sistema que preveja a integração nos quadros das instituições de acolhimento dos Investigadores FCT”, entre outros pontos.