Carlos César defende governo com PSD/CDS mas sem Passos e Portas

PS deve coligar-se com partidos da maioria, mas sem Passos nem Portas, segundo o antigo líder açoriano.

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O líder do grupo parlamentar falou esta tarde em Ponta Delgada Pedro Cunha

Carlos César, numa entrevista à TSF, disse que uma coligação faria sentido com um PSD "sem Passos Coelho". O socialista define ainda o vice-primeiro-ministro e líder do CDS, Paulo Portas, como alguém “inesperado e enigmático nas decisões”, que representa o lado “ludo-maníaco” do Governo.

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Carlos César, numa entrevista à TSF, disse que uma coligação faria sentido com um PSD "sem Passos Coelho". O socialista define ainda o vice-primeiro-ministro e líder do CDS, Paulo Portas, como alguém “inesperado e enigmático nas decisões”, que representa o lado “ludo-maníaco” do Governo.

César, que liderou o executivo açoriano durante 16 anos, afirmou que o PS deve estar “menos confinado a um grupo de confidentes próximos da liderança e da direcção do partido”, sem referir nomes. Na opinião do dirigente, “é fundamental que o PS seja mais claro e explícito na construção, mais mundividente, mais demonstrativo que possui gente preparada e experiente para governar, mais utilizador dos seus recursos humanos que estão desperdiçados muitos deles”.

Afastando uma potencial candidatura às eleições para o Parlamento Europeu em 2014, Carlos César espera que esta seja uma oportunidade de abertura do PS, reflectida não exclusivamente nas listas eleitorais. “É uma abertura no projecto e para a execução futura desse projecto. Bem sabemos que o país necessita claramente de uma maioria muito forte e plural no Governo para garantir a sua credibilidade externa e sucesso interno”, explicou o socialista.

Para o PS se apresentar como uma alternativa firme há ainda algum caminho a percorrer, na óptica de Carlos César. “Mesmo dentro daqueles que já se declaram como votantes na alternativa que o PS lidera subsiste uma grande dúvida sobre o que o PS é capaz de fazer, com quem o PS o fará e com que intensidade desenvolverá políticas semelhantes ou diferentes daquelas que são desenvolvidas pelo Governo”, sustentou.