Madiba não nos pertencia só a nós, diz a família Mandela
Governo sul-africano anuncia que haverá três cortejos fúnebros com o caixão do antigo Presidente na semana que vem.
O vazio da sua ausência não é novo para os familiares do líder sul-africano, notou Matanzima: os seus filhos, irmãos e sobrinhos já tinham experimentado uma dor semelhante durante os 27 anos em que Nelson Mandela esteve preso. Mas “para nós ele era como um baobá [uma árvore de grande porte muito comum no continente africano], que nos dava uma sombra reconfortante e nos trazia segurança e protecção”, comparou.
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O vazio da sua ausência não é novo para os familiares do líder sul-africano, notou Matanzima: os seus filhos, irmãos e sobrinhos já tinham experimentado uma dor semelhante durante os 27 anos em que Nelson Mandela esteve preso. Mas “para nós ele era como um baobá [uma árvore de grande porte muito comum no continente africano], que nos dava uma sombra reconfortante e nos trazia segurança e protecção”, comparou.
“A família sempre soube que Madiba não nos pertencia só a nós. As mensagens que nos chegam de todo o mundo emocionam-nos e dão-nos grande conforto”, confessou Mandla Mandela, um dos netos. “Estes últimos dias não foram fáceis, bem os próximos serão, mas a família ficará bem com todo o apoio que tem recebido”, acrescentou o general.
Ontem, o Governo nacional informou que os restos mortais do primeiro Presidente eleito numa votação multirracial serão transportados em cortejo fúnebre pelas ruas da cidade de Pretória na quarta, quinta e sexta-feira. Nelson Mandela será velado no edifício sede da presidência.
“Todas as manhãs, quando os restos mortais deixarem o necrotério para serem expostos, o seu transporte será público. Encorajamos a população a acompanhar o cortejo e prestar a sua homenagem quando o corpo passar pelas ruas de Pretória”, convidou o director do serviço de informação do Governo, Neo Momodu.
Os sul-africanos cumprem hoje um dia nacional de oração e reflexão em homenagem ao seu líder histórico e símbolo da reconciliação nacional. Na terça-feira, milhares poderão juntar-se à família Mandela, às autoridades sul-africanas e aos chefes de Estado e de governo estrangeiros entre os quais Cavaco Silva - que participarão num serviço memorial no estádio conhecido como Soccer City de Joanesburgo.
No sábado dia 14, o corpo de Mandela viajará para a sua província de origem. Será realizada uma procissão de Mthatha até Qunu, à aldeia onde cresceu, onde a comunidade Thembu de que fazia parte conduzirá as cerimónias fúnebres tradicionais. Nelson Mandela será enterrado no domingo, num funeral de Estado.