Morreu Edouard Molinaro, o realizador de A Gaiola das Malucas

O cineasta reconhecido pelas comédias que filmou com, entre muitos outros, Louis de Funès, morreu de insuficiência pulmonar aos 85 anos

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Edouard Molinaro realizara o seu último filme para cinema em 1996, dedicando-se depois ao trabalho para televisão PIERRE ANDRIEU/ AFP

Nascido em Bordéus a 13 de Maio de 1928, Edouard Molinaro realizou o seu último filme para cinema, Beaumarchais, l’insolent, em 1996. Desde então, dedicara-se à televisão, meio para o qual dirigiu telefilmes ou episódios de séries. O seu auge, porém, fora vivido nas décadas de 1960 e 1970, período em que, como escreve em obituário a edição online de revista Les Inrockuptibles, referindo-se a duas bem-sucedidas colaborações com o comediante francês Louis de Funès, Oscar(1967) e O Avôzinho Congelado (1969), se afirma o seu “gosto e competência para converter em campeões de bilheteira os sucessos do théàtre de boulevard”. Maior exemplo disso terá sido a supracitada A Gaiola das Malucas, adaptação de uma peça de Jean Poiret (O Chato, estreado em 1973, nasceu por sua vez de uma peça de 1971 de Francis Veber).

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Nascido em Bordéus a 13 de Maio de 1928, Edouard Molinaro realizou o seu último filme para cinema, Beaumarchais, l’insolent, em 1996. Desde então, dedicara-se à televisão, meio para o qual dirigiu telefilmes ou episódios de séries. O seu auge, porém, fora vivido nas décadas de 1960 e 1970, período em que, como escreve em obituário a edição online de revista Les Inrockuptibles, referindo-se a duas bem-sucedidas colaborações com o comediante francês Louis de Funès, Oscar(1967) e O Avôzinho Congelado (1969), se afirma o seu “gosto e competência para converter em campeões de bilheteira os sucessos do théàtre de boulevard”. Maior exemplo disso terá sido a supracitada A Gaiola das Malucas, adaptação de uma peça de Jean Poiret (O Chato, estreado em 1973, nasceu por sua vez de uma peça de 1971 de Francis Veber).

Neste período, Edouard Molinaro filma alguns dos jovens nomes emblemáticos do cinema francês do seu tempo, de Jean-Claude Brialy, Françoise Dórleac e Jean-Pierre Cassel (em Arsène Lupin Contre Arsène Lupin, de 1962) a Brigitte Bardot (As Malícias do Amor, de 1964, também com Anthony Perkins) e a Jean-Paul Belmondo e Catherine Deneuve (Caça ao Homem, igualmente estreado em 1964). Desses actores, aponta ainda o Les Inrockuptibles, aproveitou para os seus filmes “o fogo e a vitalidade pop dos anos 1960”.

No final da década seguinte, chegaria o filme, protagonizado por Michel Serrault e Ugo Tognazzi, pelo qual é mais recordado. A Gaiola das Malucas daria origem a duas sequelas (apenas a primeira foi realizada por Molinaro) e uma adaptação americana em 1996. Na década de 1980, a televisão começa a ganhar um espaço cada vez maior no seu percurso. Dedicar-se-ia a ela em exclusivo, adaptando obras de Stefan Zweig, Henry James ou Balzac, depois de abandonar o cinema pela porta grande: Beaumarchais, L’insolent, filme biográfico dedicado ao dramaturgo, espião, inventor e mil coisas mais Pierre Beaumarchais, homem de vida preenchida, revolucionário em França e revolucionário além-mar, enquanto activo apoiante da luta pela independência dos Estados Unidos, levou dois milhões de franceses às salas em 1996.

O seu último telefilme, Une famille pas comme les autres, foi exibido em 2005.