Mandela, nas suas palavras

No site da Fundação Nelson Mandela pode ser consultada uma compilação da suas citações mais famosas e marcantes. Aqui ficam algumas.

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" Que reine a liberdade” /Juda Ngwenya/Reuters

Sobre a pobreza
“Vencer a pobreza não é um gesto de caridade. É um acto de justiça. É a protecção de um direito humano fundamental, o direito à dignidade e a uma vida decente. Enquanto a pobreza persistir, não haverá verdadeira liberdade.”
Discurso em Joanesburgo, 2 de Julho de 2005

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Sobre a pobreza
“Vencer a pobreza não é um gesto de caridade. É um acto de justiça. É a protecção de um direito humano fundamental, o direito à dignidade e a uma vida decente. Enquanto a pobreza persistir, não haverá verdadeira liberdade.”
Discurso em Joanesburgo, 2 de Julho de 2005

Sobre a África do Sul, uma década depois do fim do apartheid
“Hoje somos uma nação em paz consigo própria, unida na nossa diversidade, que proclama apenas mas vive a constatação de que a África do Sul pertence a todos os que vivem neste país. Ocupamos o nosso lugar entre as nações do mundo, confiantes e orgulhosos de ser um país africano.”
Palestra na Cidade do Cabo, 10 de Setembro de 2004

Sobre o seu afastamento da vida pública aos 85 anos
“Uma das coisas que me fez pensar que gostaria de estar de novo na prisão foi que, depois da minha libertação, tive tão poucas oportunidades para ler, pensar e reflectir calmamente. Tenciono, entre outras coisas, dar a mim próprio mais tempo para essas leituras e reflexões.”
Declaração em Joanesburgo, 1 de Junho de 2004

Sobre a sida
“O HIV/sida é o maior perigo que enfrentámos em muitos, muitos séculos. O HIV/sida é pior que uma guerra. É como uma guerra mundial. Milhões de pessoas estão a morrer por causa deste doença.”
Declaração em Joanesburgo, 1 de Dezembro de 2000

Sobre o balanço do seu governo durante os cinco anos em que foi Presidente
“Lançámos as fundações para uma vida melhor. Coisas que eram inimagináveis há poucos anos tornaram-se uma realidade de todos os dias. Pertenço a uma geração de líderes para quem o alcance da democracia foi um desafio definidor.”
Discurso no Parlamento na Cidade do Cabo, 26 de Março de 1999

Sobre o apartheid
“Estamos a desembaraçar-nos de um sistema que insultou a nossa humanidade comum, dividindo-nos e separando-nos uns dos outros com base na raça e virando-nos uns contra os outros, o opressor e o oprimido. Esse sistema cometeu um crime contra a humanidade.”
Discurso em Pretória, depois de receber um relatório da Comissão de Verdade e Reconciliação, 29 de Outubro de 1998

Sobre o racismo
“O racismo é uma ferrugem na consciência humana. A ideia de que qualquer pessoa possa ser inferior a outra, ao ponto em que aqueles que se consideram superiores definem e tratam os outros como sub-humanos, é uma negação da humanidade mesmo para aqueles que se elevam a si próprios ao estatuto de deuses.”
Discurso no Parlamento britânico, 11 de Julho de 1996

Sobre a democracia na África do Sul
“Sabemos que não há um caminho fácil para a liberdade. Sabemos bem que nenhum de nós agindo sozinho consegue alcançar o sucesso. Por isso temos de agir juntos como um povo unido, para a reconciliação nacional, para a construção da nação, para o nascimento de um novo mundo. Para que haja justiça para todos. Para que haja trabalho, pão, água e sal para todos. Para que nunca, nunca, nunca mais esta maravilhosa terra experimente a opressão de um pelo outro e sofra a indignidade de ser a vergonha do mundo. Que reine a liberdade.”
Discurso de tomada de posse como Presidente em Pretória, 10 de Maio de 1994

Sobre a sua decisão de lutar com armas contra o apartheid
“Eu e alguns colegas chegamos à conclusão que, como a violência era inevitável neste país, seria errado e irrealista para os líderes africanos continuarem a pregar a paz e a não-violência, numa altura em que o Governo respondeu às nossas exigências pacíficas com a força. Foi só quando tudo o resto falhou, quando todos os canais de protesto pacífico nos foram vedados, que a decisão foi tomada de avançar com formas violentas de luta política.”
Declaração na abertura do julgamento de Rivonia, em que foi acusado de traição, 20 de Abril de 1964

Sobre a sua oposição ao apartheid
“Dediquei toda a minha vida a esta luta do povo africano. Lutei contra a dominação dos brancos e lutei contra a dominação dos negros. Partilhei com o povo africano o ideal de uma sociedade livre e democrática em que todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal que para o qual espero viver e alcançar. Mas se isso for necessário, é um ideal para o qual estou preparado para morrer.”
Declaração na abertura do julgamento de Rivonia, em que era acusado de traição, 20 de Abril de 1964