Google está a desenvolver robots
Multinacional comprou nos últimos meses sete empresas na área da robótica e da inteligência artificial.
Um artigo no jornal The New York Times revela que, ao longo dos últimos meses, o Google comprou sete pequenas empresas na área da inteligência artificial e da robótica, tanto nos EUA, como no Japão, país que tem um interesse histórico pela área. Uma destas, chamada Schaft, foi criada a partir da Universidade de Tóquio e está a desenvolver um robot humanóide de grandes dimensões. Outra, uma companhia americana chamada Industrial Perception, cria braços robóticos para cargas e descargas que funcionam com visão tridimensional.
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Um artigo no jornal The New York Times revela que, ao longo dos últimos meses, o Google comprou sete pequenas empresas na área da inteligência artificial e da robótica, tanto nos EUA, como no Japão, país que tem um interesse histórico pela área. Uma destas, chamada Schaft, foi criada a partir da Universidade de Tóquio e está a desenvolver um robot humanóide de grandes dimensões. Outra, uma companhia americana chamada Industrial Perception, cria braços robóticos para cargas e descargas que funcionam com visão tridimensional.
Rubin tinha abandonado em Março a divisão do Google responsável pelo Android. Na altura, a empresa anunciou apenas que o executivo se dedicaria a novos projectos. Ao New York Times, Rubin explica agora que está a trabalhar na área da robótica e afirmou que espera ter resutados apenas daqui a dez anos.
"Estou entusiasmado com o novo projecto do Andy Rubin", escreveu nesta quarta-feira o presidente executivo, Larry Page, na rede social Google+. "A sua última grande aposta, o Android, começou como uma ideia maluca e acabou a pôr um supercomputador em centenas de milhões de bolsos".
Os objectivos concretos do Google não são públicos, mas passarão pela criação de máquinas destinadas a trabalhar em áreas como linhas de montagem de aparelhos electrónicos, que hoje requerem muito trabalho manual, bem como em armazéns e linhas de distribuição de grandes retalhistas, onde trabalhadores humanos têm a tarefa de movimentar produtos de um lado para o outro. Recentemente, a BBC fez um trabalho de investigação no qual um repórter conseguiu um emprego num armazém da Amazon britânica e descreveu como os funcionários têm de percorrer quilómetros todos os dias e recolher encomendas a cada 33 segundos.
As inovações poderão também vir a ser directamente aproveitadas pelo Google, que tem feito incursões no fabrico de aparelhos, com o lançamento dos telemóveis e tablets da linha Nexus (fabricados por parceiros como a Samsung e a Asus) e com a compra da Motorola.
O Google tem também em curso uma pequena experiência com um serviço de entrega de bens ao domicílio em algumas zonas de São Francisco e poderá querer atribuir parte dessa tarefa a máquinas – a empresa já desenvolveu um carro capaz de andar sozinho pelas ruas de uma cidade. Os carros autónomos, aliás, são uma tendência que a indústria automóvel está a explorar e várias marcas já mostraram protótipos, apontando a comercialização deste género de veículos para o virar da década.
Já esta semana, a Amazon foi notícia quando o presidente da empresa, Jeff Bezos, mostrou numa entrevista televisiva protótipos de drones (pequenas máquinas voadoras autónomas), que seriam capazes de entregar encomendas aos compradores. A ideia não é nova (outras empresas tinham já mostrado drones semelhantes) e não é uma tecnologia que possa estar a funcionar a curto prazo.
O projecto encabeçado pelo criador do Android está muito longe de ser a primeira vez que o Google embarca em ideias distantes do negócio da pesquisa e dos serviços online. Em Setembro, por exemplo, anunciou o lançamento de uma empresa chamada Calico, para estudar questões relacionadas com a saúde e o envelhecimento.