Instituto Pedro Nunes abre novo espaço para empresas com elevada intensidade tecnológica

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Novas instalações ficam nas proximidades do actual edifício do instituto, em Coimbra Sérgio azenha

Em declarações à agência Lusa, Teresa Mendes disse que a IPN Technology.Business.Innovation.SustainableGrowth (TecBIS) – Aceleradora de Empresas irá acolher "empresas mais maduras, que têm um potencial para crescer mais rapidamente".

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Em declarações à agência Lusa, Teresa Mendes disse que a IPN Technology.Business.Innovation.SustainableGrowth (TecBIS) – Aceleradora de Empresas irá acolher "empresas mais maduras, que têm um potencial para crescer mais rapidamente".

O "aumento da intensidade tecnológica das empresas" e a sua internacionalização são "os dois eixos fundamentais" da IPN TecBIS, que ocupará dois novos edifícios, cuja construção terminou em Julho. O investimento ascende a 8,1 milhões de euros, com uma comparticipação de 6,9 milhões de fundos da União Europeia.

"Estamos agora a tratar dos licenciamentos para podermos abrir o quanto antes a infra-estrutura a um conjunto de empresas que já manifestaram interesse em se instalar", afirmou Teresa Mendes.

Os responsáveis do IPN estão "muito apostados em atrair empresas estrangeiras" para a aceleradora, envolvendo neste processo parceiros da União Europeia, do Brasil e dos Estados Unidos. "Em Janeiro, espero que consigamos já ter tudo resolvido", referiu.

Tirando partido da ligação à Universidade de Coimbra, a aceleradora vai promover "um aumento da intensidade tecnológica das empresas" e "fazer com que estas possam criar valor".

Cabe ainda à IPN TecBIS apoiar a internacionalização das empresas que acolher na aceleradora. "Se arranjarem outros mercados, crescem mais depressa. É muito fácil para nós conseguirmos parceiros para estas empresas", sublinhou Teresa Mendes. Nos últimos anos, o IPN promoveu o acolhimento de empresas nacionais em incubadoras do Brasil, e tem recebido também, em Coimbra, empresas brasileiras para incubação.

"Surgiu a necessidade de ter uma instalação qualificada e apropriada para as empresas que já provaram que são viáveis", disse à Lusa o director da incubadora do IPN, Paulo Santos. Em 18 anos de actividade do IPN, as empresas em incubação, "quando saíam, encontravam alguma dificuldade em se adaptar ao novo ambiente", fixando-se em diversos pontos da cidade. "Surgiu a necessidade de ter uma instalação qualificada e apropriada para estas empresas que já provaram que são viáveis", afirmou.

Segundo Paulo Santos, a IPN TecBIS "vai ser a primeira aceleradora neste conceito no país", e deverá arrancar no início do próximo ano, com 70% da sua capacidade preenchida, estando já a ser analisadas 16 candidaturas. Algumas das candidatas "vão passar directamente da incubadora" para a aceleradora, disse Teresa Mendes.

A equipa técnica, já em funções a apoiar empresas, é composta por três pessoas com qualificações nas áreas da Economia e da Gestão. A aceleradora localiza-se na zona norte do Pólo II da Universidade, junto à sede do IPN, e dispõe de dois edifícios, com 28 salas e uma área bruta total de 7950m2, sendo a área reservada ao acolhimento de empresas de aproximadamente 4500m2. A nova infra-estrutura inclui ainda um auditório, salas de reuniões e equipadas com videoconferência, centros de dados, parque de estacionamento fechado e cafetaria.