O problema da dívida
Há duas fórmulas expeditas e imediatas para se lidar com o problema da galopante dívida pública.
A primeira passa por vender activos. O actual Governo já usou 90% das receitas com as privatizações para abater à dívida, mas mesmo assim o valor (mais de quatro mil milhões) representa apenas 2% do endividamento do Estado. A segunda passa por pedir aos credores que troquem dívida detida por outras com maturidades mais longas. O Governo volta hoje a testar essa hipótese no mercado.
Quer uma quer outra são soluções que não resolvem o problema de fundo. No caso das privatizações, o encaixe não é repetível e os activos que o Estado tem para alienar não são infindáveis. No caso das operações de troca de dívida, limitam-se a adiar o problema, já que mais tarde ou mais cedo os credores vão querer reaver o dinheiro que emprestaram.
Se o PIB não crescer ou se o Estado não conseguir gerar excedentes orçamentais, a dívida arrisca-se a entrar numa trajectória descontrolada. O problema é português, mas também europeu.
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A primeira passa por vender activos. O actual Governo já usou 90% das receitas com as privatizações para abater à dívida, mas mesmo assim o valor (mais de quatro mil milhões) representa apenas 2% do endividamento do Estado. A segunda passa por pedir aos credores que troquem dívida detida por outras com maturidades mais longas. O Governo volta hoje a testar essa hipótese no mercado.
Quer uma quer outra são soluções que não resolvem o problema de fundo. No caso das privatizações, o encaixe não é repetível e os activos que o Estado tem para alienar não são infindáveis. No caso das operações de troca de dívida, limitam-se a adiar o problema, já que mais tarde ou mais cedo os credores vão querer reaver o dinheiro que emprestaram.
Se o PIB não crescer ou se o Estado não conseguir gerar excedentes orçamentais, a dívida arrisca-se a entrar numa trajectória descontrolada. O problema é português, mas também europeu.