Portugal pode abandonar pote das selecções europeias no sorteio do Mundial

A decisão foi anunciada pela FIFA, que ainda ponderou utilizar o ranking para deslocar directamente a França para o pote 2.

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Valcke diz ter “imenso respeito e admiração” pelo Brasil Reuters

Havia dois cenários em cima da mesa. Colocar a França — a menos bem classificada das nações europeias qualificadas no ranking FIFA de Outubro, o usado para a definição dos cabeças de série — no pote das selecções sul-americanas não- cabeças de série e das africanas, ou sortear, entre os nove representantes da UEFA não-cabeças de série, o que ficará alojado naquele lote.

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Havia dois cenários em cima da mesa. Colocar a França — a menos bem classificada das nações europeias qualificadas no ranking FIFA de Outubro, o usado para a definição dos cabeças de série — no pote das selecções sul-americanas não- cabeças de série e das africanas, ou sortear, entre os nove representantes da UEFA não-cabeças de série, o que ficará alojado naquele lote.

Foi a segunda hipótese que vingou, o que significa que Portugal corre o risco de vir a completar um lote de selecções actualmente composto por Argélia, Camarões, Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Chile e Equador. A intenção é que todos os quatro potes tenham, antes de o sorteio final começar, oito representantes.

Algo que não acontece ainda porque há 13 selecções europeias apuradas, quatro com o estatuto de cabeças de série e nove no último pote. Ora, para distribuir igualmente todos os candidatos, seria necessário realojar uma das equipas europeias no pote 2.

De todo o modo, para evitar um cenário com três selecções da Europa no mesmo grupo, a FIFA já determinou que essa equipa só será sorteada contra cabeças de série sul-americanos, naquilo a que chamou a constituição de um “pote X”. Ou seja, caso Portugal venha a ser transferido para o pote 2, terá como adversário teoricamente mais forte o Brasil, a Colômbia, a Argentina ou o Uruguai.

“Tudo estará pronto”
Antes da intervenção de Valcke, que teve lugar no âmbito de uma conferência de imprensa realizada na Bahia, Brasil, já o presidente da FIFA tinha manifestado grande “optimismo” no que respeita à organização do evento, apesar da derrapagem de alguns prazos de entrega de empreitadas. “Há alguns pequenos atrasos na construção, mas tão pequenos que podemos assegurar que tudo estará pronto. E temos a lamentar a morte de dois operários num estádio, na semana passada, mas temos a certeza de que o estádio [em São Paulo] estará pronto”, vincou Joseph Blatter.

Relativamente a este acidente, motivado pela queda da grua que montava parte da cobertura do recinto, o secretário-geral da FIFA revelou que não há plano B. Está previsto que a Arena de São Paulo, que sofreu um duro revés, venha a receber o jogo de abertura do Mundial, mas Jérôme Valcke diz não estar preocupado com a calendarização.

“Estamos à espera do relatório [do acidente], mas já tivemos discussões técnicas com a construtora. Dependendo de quando a luz verde for dada para a reconstrução, actuaremos. Mas não estamos à procura de alternativas para o Estádio de São Paulo”, afirmou, assumindo atrasos também nos estádios de Curitiba e Cuiabá, que só deverão estar concluídos no final de Fevereiro.

Horários vão manter-se
Para além dos prazos de entrega dos estádios, a questão dos horários dos jogos também mereceu um esclarecimento da parte dos responsáveis da FIFA. Blatter, que há duas semanas tinha admitido a possibilidade de alterar os horários dos jogos, nomeadamente os marcados para as 13h, por causa do calor e da humidade, deu agora um passo atrás.

“Os horários dos jogos não vão ser alterados”, assegurou, referindo-se essencialmente às partidas previstas para Fortaleza, Natal, Recife e Salvador. “Há cerca de dez dias, fizeram-me uma pergunta e eu disse que existia uma possibilidade de se alterar o programa, mas isso não foi feito e, por agora, vamos continuar com os horários já definidos para os jogos. Vamos oficializar isso com o comité executivo”, concluiu.

A programação de jogos do Mundial, que foi definida há mais de um ano, já conheceu 51 versões até que a versão final fosse confirmada.

Pote 1 Brasil, Espanha, Bélgica, Alemanha, Suíça, Argentina, Colômbia, Uruguai
Pote 2 Argélia, Camarões, Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Chile, Equador
Pote 3 Austrália, Irão, Japão, Coreia do Sul, Costa Rica, Honduras, México, EUA
Pote 4 Itália, Holanda, Portugal, Croácia, Inglaterra, Grécia, Rússia, Bósnia, França
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