EUA vão destruir parte de arsenal químico sírio em alto mar

Os componentes mais perigosos devem ser transportados para fora do país antes de 31 de Dezembro.

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A missão conjunta OPAQ/ONU está na Síria a coordenar a destruição das armas quimicas AFP

“As operações de neutralização das armas químicas serão feitas no mar num navio dos Estados Unidos, utilizando a técnica de hidrólise”, indicou a OPAQ, num comunicado. “Um navio já está a ser submetido a modificações para poder realizar essa operação.”

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“As operações de neutralização das armas químicas serão feitas no mar num navio dos Estados Unidos, utilizando a técnica de hidrólise”, indicou a OPAQ, num comunicado. “Um navio já está a ser submetido a modificações para poder realizar essa operação.”

Os componentes mais perigosos do arsenal químico sírio  devem ser transportados para fora do país antes de 31 de Dezembro, nos termos do calendário estabelecido pela OPAQ. Mas a chefe da missão conjunta OPAQ/ONU na Síria, Sigrid Kaag, disse aos jornalistas em Damasco que “as condições de segurança são tão precárias que são necessários planos de emergência e planos para minimizar os riscos”.

Apesar do consenso internacional sobre a destruição do arsenal químico da Síria fora do país em guerra, nenhum país aceitou acolher essas armas para as destruir.

“Os agentes químicos selados vão chegar a partir de vários pontos do país a Latakia (a principal cidade portuária da Síria) e serão depois transportados em navios de outros países membros, que os levarão até ao navio americano”, explicou Sigrid Kaag, sublinhando que a embarcação americana “não estará em águas sírias”.

Será a bordo deste navio que os agentes químicos serão tratados através da técnica de hidrólise, que permite a decomposição química de uma substância através da água. O gás mostarda pode ser tratado desta maneira, mas outras armas químicas, como o gás sarin são mais facilmente destruídas por inceneração.

A Síria, que coopera com a OPAQ, declarou possuir 1290 toneladas de armas químicas, percursores e outros componentes. A maior parte desde arsenal, com a excepção de alguns agentes químicos, deverá ser retirada do país até ao dia 5 de Fevereiro de 2014. As instalações de produção declaradas pelo regime de Damasco serão destruídas entre 15 de Dezembro e 15 de Março. No quadro do acordo com a OPAQ, os locais de produção de armas químicas já foram tornados inoperacionais e as armas químicas já foram seladas.

O plano de destruição do arsenal químico sírio resultou de um acordo russo-americano que permitiu evitar um ataque militar dos EUA contra a Síria, depois dos ataques químicos mortais de Agosto que Washington atribuiu ao regime do Presidente Bashar al-Assad.