Elina Fraga, a candidata apoiada por Marinho e Pinto, é a nova bastonária dos advogados

Advogada de 43 anos é a segunda mulher a ocupar o cargo. Venceu as eleições contra cinco homens, com 31% dos votos.

Foto
Elina Fraga já pertencia à direcção de Marinho e Pinto Enric Vives-Rubio

A actual vice-presidente do conselho geral da Ordem dos Advogados, de acordo com os resultados provisórios, contou com 6175 votos de um total de 20.199, o que corresponde a 31%. Na corrida eleitoral existiam seis listas, e a que ficou mais próxima da de Elina Fraga foi a encabeçada por Vasco Marques Correia, que conseguiu 3446 votos, ou seja, 17%.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A actual vice-presidente do conselho geral da Ordem dos Advogados, de acordo com os resultados provisórios, contou com 6175 votos de um total de 20.199, o que corresponde a 31%. Na corrida eleitoral existiam seis listas, e a que ficou mais próxima da de Elina Fraga foi a encabeçada por Vasco Marques Correia, que conseguiu 3446 votos, ou seja, 17%.

A lista de Elina Fraga venceu também a corrida para o conselho superior, que ficará agora nas mãos de Luís Menezes Leitão, que obteve 29,3% dos votos.

Cinco homens e uma mulher disputavam o lugar de bastonário dos advogados que Marinho e Pinto ocupava desde 2008 e que deixará vago em Janeiro, naquela que foi uma das eleições mais concorridas de sempre. Alguns dos candidatos têm até processos contra adversários em tribunal.

Elina Fraga fazia parte do grupo dos considerados “bastonáveis”: foi quem reuniu mais assinaturas de suporte à sua candidatura e contava ainda com o apoio de Marinho e Pinto, de cuja equipa tem feito parte. A seu desfavor jogavam as penas disciplinares que lhe foram aplicadas pela própria Ordem dos Advogados.


Em causa está o facto de ter recebido mil euros de uma cliente – soma que acabou por ter de restituir – para lhe tratar de um processo. Um ano depois ainda não havia resolvido o assunto, tendo a cliente acabado por prescindir dos seus serviços. A defesa dos profissionais que não estão enfeudados aos grandes interesses político-económicos é uma das promessas desta transmontana, que já desempenhou funções autárquicas pelo CDS e pelo PSD.