"O Sporting manifesta o seu voto de pesar pelo trágico acidente ocorrido com a queda de uma aeronave das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), durante um voo entre Maputo e Angola, que resultou na morte das 33 pessoas que seguiam a bordo, entre as quais o antigo atleta do andebol do Sporting, José Carlos Soares", refere o clube em comunicado.

"O Sporting manifesta o seu voto de pesar pelo trágico acidente ocorrido com a queda de uma aeronave das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), durante um voo entre Maputo e Angola, que resultou na morte das 33 pessoas que seguiam a bordo, entre as quais o antigo atleta do andebol do Sporting, José Carlos Soares", refere o clube em comunicado.

No documento, publicado no site oficial do clube, o Sporting endereçou os seus pêsames "aos familiares e amigos das vítimas e, em particular, aos familiares de José Carlos Soares".

Segundo a LAM, seguiam no avião dez cidadãos moçambicanos, nove angolanos, cinco portugueses, um francês, um chinês e um brasileiro, que também detinha nacionalidade portuguesa.

Tanto os cinco portugueses como o luso-brasileiro tinham negócios em África. O antigo atleta, de 52 anos, estava radicado em Angola e trabalhava numa empresa de computadores, explica o Correio da Manhã. Entre as vítimas estavam também António Soares Nunes, de 65 anos, e o seu sobrinho, António Silva Nunes, de 45 anos, dois empresários de Estarreja com negócios na área da construção em Angola e Moçambique, adianta o Diário de Notícias.

Bernardo Soares, de 50 anos, presidia uma empresa de transportes internacionais em Angola e Luís Fernandes, de 40 anos, estava há dois anos a desenvolver negócios em Maputo. Sérgio Soveral, a vítima luso-brasileira, tinha 37 anos e estava à frente de uma empresa de transporte de mercadorias com sede em Rio Maior e sucursais em Moçambique, Angola e Médio Oriente.

A identidade de Sérgio Soveral já tinha sido confirmada no sábado pelo Governo brasileiro. "O Governo brasileiro manifesta suas mais sentidas condolências às famílias das vítimas, ao governo e ao povo moçambicano e às demais nações que tiveram cidadãos vitimados pelo acidente", diz a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).

De acordo com o Jornal de Angola, o inspector-geral do Ministério das Finanças, Manuel João Landa, o músico Action Nigga e o Dj Maskarado estão entre as vítimas mortais do avião das Linhas Aéreas de Moçambique que se despenhou e no qual viajavam nove angolanos. Também morreram no acidente as inspectoras Domingas Freire dos Santos e Almejada Laura Vatuva, que regressavam de Maputo, após a conferência anual das Inspecções Gerais da CPLP.

A aeronave envolvida no acidente, um E190, era de fabricação da empresa brasileira Embraer, que informou ter enviado uma equipa de técnicos para prestar ajuda às autoridades policiais na cena do acidente.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas também adiantou já neste domingo que as autoridades da Namíbia já estão a remover os corpos das vítimas do acidente. “A informação que temos neste momento é que as autoridades da Namíbia estão a trabalhar nessa tarefa e que os corpos serão transferidos para a capital, Windhoek”, disse à Lusa José Cesário, que está em visita oficial a Macau.

O governante acrescentou também que as autoridades portuguesas estão em contacto com as famílias das vítimas nacionais e a prestar, aos que se deslocaram a África, a assistência possível e solicitada sob a coordenação da Direcção-Geral dos Assuntos Consulares. O secretário de Estado acrescentou ainda não ter uma data precisa para a transladação dos corpos para Portugal, mas acredita que essa acção seja possível ao longo da semana.