Universidades esperam que Governo reponha verba cortada em excesso
O corte anunciado pela tutela era de cerca de 15 milhões de euros, mas a redução prevista no OE aproximou-se dos 60 milhões.
O corte anunciado pela tutela às universidades era de cerca de 15 milhões de euros, mas a redução prevista no OE aproximou-se dos 60 milhões de euros. O “duplo corte”, como então lhe chamaram os reitores, terá sido um erro. Na reunião na terça-feira, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, terá garantido que a única redução no financiamento superior à que fora prevista correspondia às reduções dos salários da função pública.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O corte anunciado pela tutela às universidades era de cerca de 15 milhões de euros, mas a redução prevista no OE aproximou-se dos 60 milhões de euros. O “duplo corte”, como então lhe chamaram os reitores, terá sido um erro. Na reunião na terça-feira, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, terá garantido que a única redução no financiamento superior à que fora prevista correspondia às reduções dos salários da função pública.
“O valor desse corte foi bastante superior”, dizem os reitores, que querem agora “que o Governo reponha nos seus orçamentos essas verbas” quando fizer as primeiras transferências de fundos relativas a 2014. O CRUP diz que o encontro “decorreu num espírito de cooperação e abertura”, mas não se pronuncia sobre o corte de relações anunciado na semana passada. Certo é que o presidente daquele organismo, António Rendas, mantém o pedido de demissão.
No comunicado desta quarta-feira, o CRUP sublinha também os “entraves” que se mantêm à actividade das instituições de ensino superior e que não ficaram resolvidas com a reunião com o primeiro-ministro, na qual também marcou presença o ministro da Educação, Nuno Crato. O Governo continua sem resolver a cativação de verbas imposta pelo orçamento rectificativo de 2013, o que “impede as universidades de terem capacidade para suportar todos os custos com pessoal”, de acordo com os reitores.
Também a impossibilidade de utilização de saltos “continua a inviabilizar a continuidade de um conjunto de actividades”, denunciam. Se estes problemas não foram resolvidos, terão consequências “graves” no funcionamento das universidades no próximo ano, garante o CRUP.