Manifestação espontânea de professores juntou várias dezenas à porta do ministério
O protesto durou cerca de duas horas. Antes, tinha havido uma concentração no Campo Pequeno, promovida por sindicatos.
O protesto surgiu espontaneamente, explicou uma das professoras presentes. Maria (foi assim que se identificou) tem 52 anos e 12 de profissão. Há seis anos seguidos que é contratada para dar aulas em escolas públicas. “Fui sempre avaliada, tive Muito Bom. E tenho agora de fazer esta prova. Existem provas destas, noutros países, mas é no início da carreira. Fazê-la a meio da carreira não faz sentido nenhum”, defendeu.
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O protesto surgiu espontaneamente, explicou uma das professoras presentes. Maria (foi assim que se identificou) tem 52 anos e 12 de profissão. Há seis anos seguidos que é contratada para dar aulas em escolas públicas. “Fui sempre avaliada, tive Muito Bom. E tenho agora de fazer esta prova. Existem provas destas, noutros países, mas é no início da carreira. Fazê-la a meio da carreira não faz sentido nenhum”, defendeu.
Maria, como outros professores presentes, pediu a demissão do ministro da Educação, Nuno Crato, e acenou com lenços brancos. A polícia colocou grades junto à porta do edifício e o número de elementos foi reforçado depois de os professores chegarem. “Crato, escuta, os professores estão em luta” e “haja respeito”, foram algumas das palavras de ordem.
Os professores tinham estado durante a tarde reunidos no Campo Pequeno, em Lisboa, numa concentração promovida pela Federação Nacional dos Sindicatos de Educação (FNE). Mas no final alguns decidiram caminhar até ao Ministério da Educação. “Estamos todos juntos nesta luta. Eu sou professora do quadro, não tenho que fazer a prova. Mas apelo a todos os professores do quadro que não participem nesta fantochada. Que não avaliem nenhuma prova”, disse Aurora Lima, uma das que empunhava um megafone para se fazer ouvir.
O protesto terminou cerca de duas horas depois de ter começado e a polícia desmobilizou.