RIP Brian

Perde o público apenas as épicas jornadas conjuntas de Stewie e Brian. Ganhar-se-á, esperamos, muitas outras novidades com o recém-chegado elemento dos Griffin

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Está feito. Seth MacFarlane e companhia fizeram o que havia já sido feito em muitas outras obras: matar um dos protagonistas. Brian, o cão dos Griffin, a família singular de "Family Guy", foi passado a ferro por um automóvel. É uma estratégia comum, especialmente quando os conteúdos em questão começam a fugir da boca do povo. Já se assassinaram o Super-Homem, o Batman, o Homem-Aranha e até personagens dos Simpsons. É uma (boa) forma de refrescar uma história. Mas pode ser também puro fruto das ideias do criador. Não sou fã da "Guerra dos Tronos" mas também já ouvi dizer que o ilustre George R. R. Martin tem tendências homicidas.

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Está feito. Seth MacFarlane e companhia fizeram o que havia já sido feito em muitas outras obras: matar um dos protagonistas. Brian, o cão dos Griffin, a família singular de "Family Guy", foi passado a ferro por um automóvel. É uma estratégia comum, especialmente quando os conteúdos em questão começam a fugir da boca do povo. Já se assassinaram o Super-Homem, o Batman, o Homem-Aranha e até personagens dos Simpsons. É uma (boa) forma de refrescar uma história. Mas pode ser também puro fruto das ideias do criador. Não sou fã da "Guerra dos Tronos" mas também já ouvi dizer que o ilustre George R. R. Martin tem tendências homicidas.

Já muitos vieram criticar o comportamento mais ou menos comum dos fãs da série norte- americana em velar um cão desenho animado. Pois é bem verdade que, para cão, viver 14 anos já não é nada mau. E também é certo que Brian não será o último canídeo a morrer atropelado por um carro. Mas a questão vai muito para além disso.

O "Family Guy" é, como qualquer outra série, um pedaço de cultura contemporânea. E que pedaço, se levarmos em conta os milhões de adeptos da história animada da família mais famosa de Long Island. Não acredito em altas ou baixas culturas. Há cultura e pronto. Como tal, faz tanto sentido fazer luto, ainda que em sentido figurado, por um cão animado como mostrar desagrado pelo último disco dos Muse. Quem quiser retirar o valor simbólico cultural de peças menos convencionais como um desenho animado ou um videojogo possuirá tanto de inculto como de obtuso.

Falando do evento propriamente dito: ao contrário do que acontecem com muitos amantes da série, não me escandaliza que se tenha matado o eloquente Brian. É verdade que Peter e o resto da maralha perdem a consciência e a voz mais sensata daquela casa, mas não será certamente o fim de uma boa série. Pensando do lado de cá do ecrã, o McFarlane já deu demasiadas provas de que não é capaz de fazer nada que seja mau. Confiem no rapaz. Será, provavelmente, um volte-face interessante na história que nos faz rir desde 1999.

Perde o público apenas as épicas jornadas conjuntas de Stewie e Brian. Ganhar-se-á, esperamos, muitas outras novidades com o recém-chegado elemento dos Griffin. De qualquer forma: fãs, não sejam mariquinhas. Há 11 temporadas de Brian para (re)ver. Abracem a mudança. E abram a porta ao novo cão dos Griffin, Vinny, porque lá fora faz um frio do camandro.