Reunião entre reitores e Governo foi “inconclusiva”
Presidente do CRUP, António Rendas, mantém pedido de demissão.
No encontro, que decorreu na residência oficial de Pedro Passos Coelho, estiveram 12 das 15 universidades que fazem parte do CRUP. Apenas ISCTE, Algarve e Açores não marcaram presença. No final, não houve declarações à imprensa, ainda que o conselho de reitores deva tornar público amanhã um comunicado sobre a matéria.
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No encontro, que decorreu na residência oficial de Pedro Passos Coelho, estiveram 12 das 15 universidades que fazem parte do CRUP. Apenas ISCTE, Algarve e Açores não marcaram presença. No final, não houve declarações à imprensa, ainda que o conselho de reitores deva tornar público amanhã um comunicado sobre a matéria.
Contactada pelo PÚBLICO, fonte do CRUP revelou apenas que a reunião “foi inconclusiva”. Já o pedido de demissão de António Rendas anunciado na semana passada – na mesma altura em que anunciou um corte de relações com o Governo, na sequência da diminuição de 60 milhões de euros no financiamento público das universidades previsto no Orçamento do Estado para o próximo ano – continua em cima da mesa.
Na reunião esteve presente o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, bem como o secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes. Este último esteve reunido, horas antes, com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP). Esse encontro reforçou as preocupações deste órgão em torno do financiamento público ao sector. Os presidentes dos politécnicos saíram sem qualquer esclarecimento da parte do Governo sobre as principais dúvidas que apresentaram.
O CCISP contesta a cativação de 2,5% imposta pelo Orçamento Rectificativo de 2013 e o corte adicional de 12 milhões de euros previsto no Orçamento do Estado para o próximo ano, que ontem foi apresentado. “Não foi possível obter qualquer esclarecimento” do secretário de Estado, lamenta aquele órgão, em comunicado. Os presidentes dos politécnicos mostram, por isso, as suas preocupações com as restrições orçamentais, que vão provocar uma “incapacidade de assegurar a sustentabilidade de recursos” até ao final do ano e no próximo.