Chiado iluminado
O Chiado é a zona mais emblemática da cidade e é de certeza também a mais badalada, cosmopolita, vibrante, cultural e "fashion", onde muitos são os que para ali vão "ver as modas"
Falar das nossas passeatas em Lisboa e não escrever sobre o Chiado, seria pecado! Na verdade, ele merecia um rol imenso de crónicas, mas aqui só poderei dedicar-lhe umas quantas linhas e apontamentos. Em termos de laureio, o Chiado pode ser considerado como a zona mais emblemática da cidade. É de certeza também a mais badalada, cosmopolita, vibrante, cultural e "fashion", onde muitos são os que para ali vão "ver as modas".
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Falar das nossas passeatas em Lisboa e não escrever sobre o Chiado, seria pecado! Na verdade, ele merecia um rol imenso de crónicas, mas aqui só poderei dedicar-lhe umas quantas linhas e apontamentos. Em termos de laureio, o Chiado pode ser considerado como a zona mais emblemática da cidade. É de certeza também a mais badalada, cosmopolita, vibrante, cultural e "fashion", onde muitos são os que para ali vão "ver as modas".
Os turistas acotovelam-se por um lugar ao lado de Pessoa para registar mais um momento da sua passagem pela capital (será que o leram?). O fluxo de pessoas é um rodopio constante entre o Largo do Camões e a Rua do Carmo, a entrar e sair de cafés, lojas de roupa, livrarias, geladarias e galerias, normalmente com banda sonora local. E nesta época que antecede o Natal, o Chiado brilha literalmente com as luzes a piscar, uma verdadeira fonte de entretenimento para a Guadalupe.
Almoçámos naquele que é o único restaurante que conheço com um só prato na ementa, o “La Brasserie De L’Entrecôte”. A carne desfaz-se literalmente na boca, deixando-nos a salivar por aquele molho tão especial. As batatas fritas são à discrição e muito apetitosas. No entanto, também há uma alternativa igualmente saborosa para vegetarianos, com "seitan". O piso para não fumadores, logo o indicado para crianças, é o superior, a meia dúzia de degraus de distância, que prontamente um dos empregados subiu carregando o carrinho de bebé. É um restaurante distinto, não só pelo cardápio único, mas também pela localização, atendimento e preço. Apesar do valor um pouco acima da capacidade das nossas carteiras, vale a pena experimentar.
Seguiu-se uma caminhada digestiva, mas andar pelos passeios do Chiado de carrinho de bebé não é fácil, sobretudo quando temos de fintar a multidão que vem em sentido contrário, por isso optámos pelo "sling". Virámos em direcção à loja “A Vida Portuguesa” - um espaço já conhecido dos lisboetas e que nos reporta para a nossa infância ou mesmo até à dos nossos pais, através de produtos tipicamente portugueses, muitos deles renovados. Dos sabonetes aos enlatados, passando por brinquedos ou rebuçados Dr. Bayard, nesta loja encontramos sempre aquele presente que queremos oferecer a alguém especial. Esta vez não foi excepção e abri a época de "caça às prendas de Natal" ali mesmo! Este ano a Lupe terá a sorte de receber um brinquedo mesmo à antiga!
Comprar bons produtos nacionais e saber que dessa forma contribuímos para a economia portuguesa é também em si, um verdadeiro regalo! Voltámos pela mesma rua e à esquina entrámos na mais antiga livraria em actividade do mundo, a Bertrand, que, na rivalidade com a Fnac (no Chiado muito pouco "baby-friendly", pois não tem acesso entre os seus pisos para carrinhos de bebé) soma pontos. Aqui é possível encontrar uma excelente selecção de livros infantis e a Guadalupe saiu de lá com uma prendinha antecipada! Eu contentei-me com um croissant da Bénard e as montras das lojas de roupa, essas sereias que nos fazem afundar... mas felizes.