Candeias: “Tenho um carinho especial pelo FC Porto”

O Nacional da Madeira vai este sábado, no Dragão, tentar romper a invencibilidade do FC Porto no campeonato. Uma das suas figuras da equipa insular é Candeias, um extremo formado nos portistas.

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Esta será a nona vez que Candeias defronta o FC Porto GREGÓRIO CUNHA/AFP

Não vai ser a primeira vez, nem a segunda, que defronta o FC Porto, mas este é sempre um jogo especial para si…
Sim, é sempre um jogo especial. É o clube onde cresci como jogador e como homem e onde ainda tenho alguns amigos, mas é apenas mais um jogo e quero ajudar o Nacional.

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Não vai ser a primeira vez, nem a segunda, que defronta o FC Porto, mas este é sempre um jogo especial para si…
Sim, é sempre um jogo especial. É o clube onde cresci como jogador e como homem e onde ainda tenho alguns amigos, mas é apenas mais um jogo e quero ajudar o Nacional.

O FC Porto ainda não perdeu para o campeonato este ano. Vai ser o Nacional a cometer a proeza de vencer no Dragão?
O Nacional entra sempre para vencer. Sabemos que é um jogo muito complicado, mas vamos tentar com as nossas armas fazer um bom resultado no Dragão.

O treinador Paulo Fonseca até chegou a dizer que o Nacional é uma “besta negra” do FC Porto…
No passado o Nacional fez alguns resultados positivos no Dragão, mas sabemos que o FC Porto tem um plantel com muita qualidade e que é extremamente difícil, mas vamos tentar o nosso melhor.

Apesar de ainda não ter perdido e de estar em primeiro, há quem considere que o FC Porto não estará tão forte este ano. Qual é a sua opinião?
O FC Porto é sempre forte. Pode estar a passar por momentos menos bons, mas, por aquilo que eu conheço, dá sempre a volta por cima nos momentos cruciais. A união do grupo nota-se em campo.

O Nacional já não ganha desde o Sp. Braga...
Tivemos uma derrota com o Santa Maria para a Taça com que não estávamos a contar, jogámos com o Benfica, na Luz, que também não era fácil. Mas a equipa está forte e com confiança, estamos a fazer um bom trabalho e dentro daquilo a que nos propusemos, a Europa. O grupo tem qualidade para atingir esse objectivo.

É a sua terceira época na Madeira. Sente-se bem no Nacional?
Sinto-me muito bem. É o meu último ano de contrato, mas sinto-me bem. Tenho sido muito apoiado pela direcção e sinto-me muito acarinhado pelos adeptos, isso agrada-me porque consideram que tenho feito um bom trabalho.

Sendo este o último ano de contrato, como será o seu futuro?
Não estou a pensar nisso. Apenas penso em jogar e ajudar o Nacional a conquistar os seus objectivos. Mais à frente se verá qual é o meu futuro, se é continuar no Nacional ou partir à aventura.

Gostava de voltar a jogar no estrangeiro?
É algo que está no meu pensamento, tenho curiosidade em experimentar outros campeonatos. Já tive uma experiência que, apesar de não ter sido a melhor, me enriqueceu.

No início da época falou-se da possibilidade de ir para a Ucrânia…
Não houve nada concreto. Foram apenas notícias. Fiquei no Nacional.

Tem no currículo um título nacional e uma Taça…
Tenho, apesar de não ter jogado muito. Mas sinto-me orgulhoso de ter sido campeão numa equipa como o FC Porto. Tinha estado no Varzim emprestado pelo FC Porto, depois renovei o contrato e as pessoas acreditaram no meu valor. Só tenho a agradecer-lhes e ao professor Jesualdo Ferreira. Foi um sonho concretizado. Mas as coisas não estavam a correr da melhor maneira no início e os jogadores jovens pagam sempre por isso. Mas foi bom ter partilhado o balneário com grandes jogadores que me ajudaram a crescer. Só tenho boas recordações dessa temporada.

Gostava de regressar ao clube onde fez a sua formação?
Gostava, mas isso não depende só de mim. Tenho um carinho especial pelo FC Porto, mas o meu objectivo agora é ajudar o Nacional.

Tem estado em destaque esta época, com muitas assistências. A selecção nacional é um objectivo?
Já fui internacional nos escalões de formação. Todos os jogadores têm esse objectivo e eu não fujo à regra. Faço o meu trabalho da melhor maneira possível. Se surgir essa oportunidade, tentarei agarrá-la com todas as minhas forças.