Paulo Portas falava no primeiro dia da sua visita à Rússia no âmbito da missão de captação de investimento para Portugal que termina na quarta-feira. O governante disse que neste primeiro dia da missão a Moscovo, do ponto de vista político, "foi importante estabelecer contactos quer na área da agricultura, quer na área do turismo".

Paulo Portas falava no primeiro dia da sua visita à Rússia no âmbito da missão de captação de investimento para Portugal que termina na quarta-feira. O governante disse que neste primeiro dia da missão a Moscovo, do ponto de vista político, "foi importante estabelecer contactos quer na área da agricultura, quer na área do turismo".

"O primeiro balanço, do ponto de vista político, é francamente bom" e, "do ponto de vista de negócios, também é muito positivo", afirmou o vice-primeiro-ministro, que está a liderar em Moscovo a terceira missão de captação de investimento do Governo português, depois de Londres e Berlim. "Do ponto de vista político, quer os russos, quer nós fomos muito pragmáticos, marcámos uma comissão mista entre os dois países para Lisboa até ao fim do primeiro trimestre", adiantou o governante.

"Concordámos no trabalho que ainda temos que fazer para poder accionar acordos que facilitam o investimento: turismo, energia, telecomunicações e transportes aéreos são acordos importantes para haver facilidades nas trocas comerciais entre os dois países", acrescentou Paulo Portas. Além disso, a comissão mista "terá pela primeira vez ao lado um seminário de empresários russos que vão visitar o nosso país, que vão ver investimentos em Portugal", disse o vice-primeiro-ministro, salientando que "o investimento é muito importante para o crescimento e o crescimento é decisivo para a criação de emprego".

Paulo Portas lembrou que Portugal está a sete meses de terminar o programa de assistência financeira, que o país já passou nove de 12 avaliações e a economia portuguesa está “a dar sinais positivos”. "Por isso é que estão aqui os respetivos secretários de Estado que estiveram com os seus colegas russos para procurar melhorar os mercados que nós podemos abrir", disse Paulo Portas, cuja comitiva integra os secretários de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, e da Alimentação e Investigação Agro-Alimentar, Nuno Vieira de Brito.

"Portugal já exporta bastante vinho ou azeite para a Rússia, mas os produtos de origem animal ainda dependem de algum trabalho administrativo. Nós queremos acelerar essas autorizações para poder exportar mais", sublinhou o governante.

Na área do turismo, "é muito importante que certas facilidades do ponto de vista dos voos que existem entre a Rússia e Portugal estejam no terreno e operacionais, de modo a aumentar" o número de visitantes daquele país, que teve um crescimento de 20% no último ano.

"Fiquei muito contente porque o encontro empresarial que foi organizado pela Câmara de Comércio e Indústria da Federação Russa, na presença dos seus máximos dirigentes, estava cheio", comentou Paulo Portas, que acrescentou que o encontro tinha "muitos empresários russos" e que houve muitas inscrições para assistir a este evento.

Destacou ainda os dois acordos da Serrata (azeite) e do Enoforum (vinho), os quais "permitem às empresas exportar nos próximos três anos mais dez milhões de euros de produtos agro-alimentares". Além disso, "foram estabelecidos contactos e estão a ser feitos encontros entre empresas e distribuidores que permitem exportar mais, exportar melhor e exportar com mais força para o mercado da Rússia", concluiu.

A missão integra ainda o ministro da Economia, António Pires de Lima, e o presidente da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, Pedro Reis.