Paulo Branco apela à importância da reedição dos filmes de João César Monteiro

O apelo foi feito após as leituras dos textos do realizador português no Lisbon & Estoril Film Festival

Os filmes que Paulo Branco produziu e detinha direitos de distribuição foram vendidos à Zon Lusomundo. No entanto, o produtor lamentou não terem sido feitas reedições dos filmes de João César Monteiro em formato DVD. “Os filmes encontram-se esgotados na FNAC”, comentou após a leitura dos textos. “As cópias que tenho foram arranjadas no mercado lá fora”.

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Os filmes que Paulo Branco produziu e detinha direitos de distribuição foram vendidos à Zon Lusomundo. No entanto, o produtor lamentou não terem sido feitas reedições dos filmes de João César Monteiro em formato DVD. “Os filmes encontram-se esgotados na FNAC”, comentou após a leitura dos textos. “As cópias que tenho foram arranjadas no mercado lá fora”.

Os textos lidos, que variaram entre entrevistas e discursos do realizador, foram interpretados pelos “Leitores Improváveis” (o nome dado à sessão) Alexandra Lencastre (actriz), Jorge Vaz de Carvalho (barítono), Joana Amaral Dias (psicóloga), Manuel Graça Dias (arquitecto) e Isabel Moreira (deputada).

A deputada do Partido Socialista Isabel Moreira leu uma carta aberta escrita pelo realizador em 1978. A carta, publicada no Diário de Lisboa, era direccionada ao então secretário de Estado da Cultura. Na carta, João César Monteiro aponta a possibilidade de o secretário de Estado ter obtido o seu cargo “a partir de empurrõezinhos de terceiros”. Isabel Moreira defendeu que o conteúdo da carta “mantém-se actual”.

No final, Paulo Branco não quis comentar a publicação de uma carta aberta subscrita por realizadores como Pedro Costa, Margarida Gil e Manoel de Oliveira e por escritores e artistas como Herberto Helder, Maria Velho da Costa ou Rui Chafes que criticava a escolha do ministro como um dos oradores integrados no evento e o facto do festival não ter pedido autorização aos herdeiros para a leitura dos textos.