Internamento em Coimbra previsto há anos
Algumas crianças ficam internadas num quarto no serviço de urgências.
Porque ainda não existe, o que agora acontece é que, no casos das crianças mais novas (é raro o internamento antes dos 12 anos) são mandadas para o Porto, mas "mais de metade ficam cá, ou voltam para casa ou andam para trás e para diante". Os que têm mesmo que internar tentam mantê-los num quarto das urgências. "Já há miúdos que estiveram ali duas semanas. Não é essa a vocação da urgência e não são instalações adequadas, mas como não temos para onde os mandar…".
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Porque ainda não existe, o que agora acontece é que, no casos das crianças mais novas (é raro o internamento antes dos 12 anos) são mandadas para o Porto, mas "mais de metade ficam cá, ou voltam para casa ou andam para trás e para diante". Os que têm mesmo que internar tentam mantê-los num quarto das urgências. "Já há miúdos que estiveram ali duas semanas. Não é essa a vocação da urgência e não são instalações adequadas, mas como não temos para onde os mandar…".
Não existe também uma urgência de pedopsiquiatria, a consulta aberta funciona em dias úteis das 8h00 às 18h00, fora desse horário ficam sem assistência médica especializada. Para o internamento já estiveram pensadas 8 ou 12 camas, informa.
O director do Programa Nacional para a Saúde Mental, Álvaro de Carvalho, diz que neste momento a não abertura do internamento em Coimbra tem a ver com a falta de dinheiro para contratar enfermeiros, uma vez que está prevista a possibilidade de os pedopsiquiatras da região participarem no serviço e "até têm espaço em excesso".
Segundo informações fornecidas pelo gabinete de comunicação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, "está a ser estudada, numa fase muito adiantada, a implementação do internamento e da urgência de pedopsiquiatria em Coimbra, para toda a região centro". Em resposta enviada por e-mail, escreve-se: "O nosso compromisso foi ter até ao final do ano uma decisão e um cronograma".