Portugueses confiam menos nos partidos do que no Governo

Noventa por cento dos cidadãos dizem estar cientes da existência de corrupção. Com menos confiança nos partidos políticos só mesmo os espanhóis e os gregos.

Foto
Rui Gaudêncio

Os dados do relatório anual Government at a Glance , que comparam 2007 com 2012, revelam que a confiança no Governo caiu para metade em relação a 2007.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os dados do relatório anual Government at a Glance , que comparam 2007 com 2012, revelam que a confiança no Governo caiu para metade em relação a 2007.

O relatório diz existir uma relação entre os níveis de confiança dos cidadãos, as crises económicas e financeiras e as políticas de austeridade. As maiores quedas de confiança ocorreram assim em países que enfrentam uma “crise política, fiscal ou económica”, como Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha, por oposição a países onde a confiança aumentou, como Reino Unido, Polónia, França ou Alemanha.

The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_IMAGEM.cshtml' was not found. The following locations were searched: ~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_IMAGEM.cshtml
NOTICIA_IMAGEM

Sobre a confiança dos portugueses no Governo em 2012 o relatório indica que apenas pouco mais de 20% dos portugueses dizem confiar no executivo, mas essa confiança é ainda mais baixa nos partidos em 2013. Apenas 10% declaram confiar nos partidos políticos, contra 60% no Luxemburgo, o país com a percentagem mais elevada. Com menos confiança do que os cidadãos portugueses só mesmo os espanhóis e os gregos, que ficam abaixo dos 10%.

  Os suíços são os que mais confiam nos seus governantes (80%), enquanto a Grécia surge no fim da tabela, com apenas 10% dos gregos a manifestarem confiança no governo.

Noventa por cento dos portugueses dizem ainda estar cientes da existência de corrupção, tal como os gregos e os checos. 

Já em relação à expectativa que os portugueses têm quanto ao trabalho do Governo estamos ao lado de países como a Espanha e a Grécia. Se a confiança nos tribunais é baixa entre os portugueses (20%), cerca de 50% dão um voto de confiança às instituições financeiras, se comparado com o nível de confiança que têm no executivo. Mas o relatório também conclui que, apesar da diminuição da confiança no Governo, os cidadãos estão, no geral, satisfeitos com os serviços públicos.