Lavar os dentes ajuda a prevenir doenças cardiovasculares
Um estudo da Universidade de Columbia sugere que manter uma boa higiene oral diminui o risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais, já que reduz as bactérias responsáveis pelo endurecimento das artérias
O recomendado são três vezes por dia, mas basta escovar os dentes duas vezes para contribuir não só para uma boa higiene oral como, consequentemente, para uma redução das probabilidades de se vir a ter um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral (AVC). Fio dental e elixir regularmente também é uma boa ideia. É que uma boca saudável diminui (ou elimina) os problemas nas gengivas, a placa bacteriana e, portanto, a proliferação das bactérias responsáveis pelo estreitamento das artérias, que pode levar a diversas patologias.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O recomendado são três vezes por dia, mas basta escovar os dentes duas vezes para contribuir não só para uma boa higiene oral como, consequentemente, para uma redução das probabilidades de se vir a ter um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral (AVC). Fio dental e elixir regularmente também é uma boa ideia. É que uma boca saudável diminui (ou elimina) os problemas nas gengivas, a placa bacteriana e, portanto, a proliferação das bactérias responsáveis pelo estreitamento das artérias, que pode levar a diversas patologias.
As conclusões são de um estudo levado a cabo na Escola de Saúde Pública da Universidade da Columbia (Mailman), em Nova Iorque, que já foi publicado na revista científica da American Heart Association (AHA) com o objectivo de analisar a relação entre as doenças que afectam as gengivas e a arteroclerose (estreitamento das artérias). Para isso, ao longo de três anos, a equipa de investigadores analisou a saúde oral de 420 adultos e mais de cinco mil amostras.
Quanto pior era a saúde oral dos pacientes, e por isso quanto maior o número de bactérias presentes na boca, maior a probabilidade de estes virem a sofrer de arteroclerose. Estes resultados foram ajustados ainda a potenciais "factores de confusão", como o índice de massa corporal, os níveis de colesterol, a diabetes ou os hábitos tabágicos, de modo a diminuir a margem de erro.
Moïse Desvarieux, principal investigador do projecto e epidemiologista, acredita que "estes resultados são importantes na medida em que a arteroclerose tende a progredir paralelamente este tipo de periodontais". Para além disso, é, até ao momento, "a evidência mais directa de que a modificação do perfil bacteriano poderia desempenhar um papel na prevenção ou retardamento as duas doenças [cardiovasculares]", afirma, em comunicado.