Presidente da APB diz que banca poderá reforçar compra de dívida pública “se houver condições”

Faria de Oliveira considera que em 2011, antes do pedido português de ajuda financeira, a banca fez “um esforço notável” para assegurar o financiamento do Estado.

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A pedido do PS, Faria de Oliveira vai ser ouvido na Assembleia da República Foto: PÚBLICO

"No início de 2011, a banca portuguesa fez um esforço notável para suprir as necessidades de financiamento do Estado e esteve presente num momento difícil. Na medida em que houver condições para isso, é óbvio que se pode contar com a banca portuguesa", disse Faria de Oliveira, à margem do Congresso das Comunicações.

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"No início de 2011, a banca portuguesa fez um esforço notável para suprir as necessidades de financiamento do Estado e esteve presente num momento difícil. Na medida em que houver condições para isso, é óbvio que se pode contar com a banca portuguesa", disse Faria de Oliveira, à margem do Congresso das Comunicações.

O presidente da associação que representa os principais bancos a operar em Portugal reagia à intenção do Governo divulgada no relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na quarta-feira que afirma que o "Governo conta com bancos se falhar regresso aos mercados".

Faria de Oliveira disse que por agora é melhor aguardar para "ver o que se vai passar" e disse esperar que "não seja necessário um plano B" ao regresso de Portugal aos mercados de financiamento.

"É prematuro fazer previsões", afirmou.

Nos primeiros meses de 2011, verificou-se um aumento da dívida pública nos bancos que operam em Portugal, que serviu para compensar a dificuldade que o Estado português tinha então em financiar-se nos mercados internacionais.

Esta situação levou mesmo os presidentes dos principais bancos a darem entrevistas televisivas, em Abril, em que afirmaram não poder continuar a financiar o Estado daquele modo, o que terá precipitado o pedido de ajuda externa.