Portugal e Espanha unidos em rede de cidades "inteligentes"
Projecto permite, por exemplo, que uma cidade adopte um projecto realizado por outra sem ter que gastar dinheiro com isso.
O protocolo, assinado por Alexandre Videira, administrador da Inteli (entidade que gere a Rede de Inovação Urbana - Rener), e pelo presidente da Rede Espanhola de Cidades Inteligentes (RECI), Iñigo da Serna, junta assim as 41 cidades espanholas "inteligentes" com as 25 cidades portuguesas. Este é para os responsáveis “um passo muito importante” na competitividade económica dos dois países.
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O protocolo, assinado por Alexandre Videira, administrador da Inteli (entidade que gere a Rede de Inovação Urbana - Rener), e pelo presidente da Rede Espanhola de Cidades Inteligentes (RECI), Iñigo da Serna, junta assim as 41 cidades espanholas "inteligentes" com as 25 cidades portuguesas. Este é para os responsáveis “um passo muito importante” na competitividade económica dos dois países.
O acordo, celebrado em Cascais - uma das cidades "inteligentes" - vai permitir a partilha de informação, experiência e boas práticas, potenciando o desenvolvimento de actividades conjuntas de vigilância tecnológica e a colaboração na definição de indicadores que contribuam para o desenvolvimento de smart cities.
“Este acordo significa derrubar fronteiras, eliminar barreiras no conhecimento tecnológico e, seguramente, a competitividade de Portugal e Espanha será muito maior se for em conjunto”, afirmou o presidente da RECI e também presidente da Câmara de Santander, Iñigo de la Serna.
O responsável espanhol explicou que a rede ibérica visa a competitividade económica, a sustentabilidade ambiental, o desenvolvimento cultural, a inclusão social e a melhoria dos serviços públicos através das novas tecnologias.
Iñigo de la Serna sublinhou ainda a importância da cooperação entre os países que vai permitir que uma cidade adopte um projecto realizado por outra sem ter que gastar dinheiro com isso.
Também o administrador da Inteli destacou a maior probabilidade de financiamento de fundos europeus aos projectos do próximo período de programação (2014-2020) que venham a ser apresentados em conjunto por diferentes cidades.
O representante da Rener mostrou ainda vontade de alargar a rede de cidades inteligentes para a América Latina.
Para o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, ver esta cooperação entre municípios portugueses e municípios espanhóis é um “grande passo para geração de riqueza e, consequentemente, criação de emprego”. “Ao longo das últimas décadas fizeram-se cidades muito pouco inteligentes, eu diria até muito estúpidas mesmo. Esta é uma oportunidade de remediar isso e de os municípios assumirem uma importância ainda maior nas suas competências”, afirmou.
O autarca reconheceu que “a tarefa é gigante” e apelou ao Governo para que, “se não puder facilitar, ao menos não complique”.